terça-feira, 16 de março de 2010

ATUALIDADES: 10-17/MARÇO

Tremor é um dos mais violentos já medidos
José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Michelle Bachelet, presidente do Chile, visita moradia de emergência construída para abrigar vítimas
O terremoto de 8,8 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o Chile às 3h36 da madrugada de 27 de fevereiro de 2010 é considerado a pior catástrofe natural do país nos últimos 50 anos e um dos cinco terremotos mais potentes desde o começo do século 20, de acordo com dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Os tremores de terra atingiram sete das 15 regiões do Chile, matando 800 pessoas, danificando mais de 500 mil imóveis, pontes e viadutos, e afetando cerca de dois milhões de pessoas, o que corresponde a um oitavo da população de 16,6 milhões de habitantes.
O litoral chileno também foi devastado por tsunamis - ondas gigantes que se formam após um abalo sísmico.
O epicentro do terremoto foi localizado no mar, a 35 km de profundidade, na região de Male, que possui quase um milhão de habitantes. A maior parte das vítimas fatais morava nessa região, incluindo a capital, Talca.
Santiago, capital do Chile, localizada a 325 km de distância do epicentro, também foi atingida e o aeroporto internacional teve de ser fechado. O tremor foi sentido até no Brasil.
A cidade mais afetada foi Concepción, importante centro comercial e industrial do país, capital da segunda maior província chilena, Biobío, composta de 12 comunas (cidades), com quase 900 mil habitantes.
Em Concepción foram registradas mais de 100 mortes, além de danos na infraestrutura. Sem água, luz ou comida, os moradores saquearam e depredaram supermercados e entraram em conflito com a polícia. A desordem nas ruas levou o governo a decretar toque de recolher (ato que proíbe os habitantes de ficarem nas ruas após determinado horário). O procedimento não entrava em vigor desde o fim da ditadura militar chilena, em 1990.
Após o primeiro tremor, dezenas de outros abalos em escala menor - chamados réplicas - foram sentidos no Chile, a maior parte nas regiões de Maule e Biobío.
Outro efeito foi uma onda de 2,34 metros de altura que devastou a cidade litorânea de Talcahuano, na província de Concepción. O alerta de tsunami foi dado em outras ilhas do Pacífico.
Prejuízos
Estima-se que a tragédia tenha dado prejuízos da ordem de US$ 30 bilhões, ou quase 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile, uma das maiores economias da América Latina.
O terremoto comprometeu estruturas agrícolas e indústrias do país, entre elas a indústria mineradora. Aos poucos, as fábricas retornaram às atividades. O Chile é o maior exportador mundial de cobre.
A presidente Michelle Bachelet decretou "estado de catástrofe" nas regiões de Maule e Biobío, além de pedir ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a Constituição chilena, as regiões sob estado de catástrofe passam a ser dirigidas pelo chefe da Defesa Nacional, cargo indicado pelo presidente da República.
A medida também permite ao governo restringir a circulação de pessoas, mercadorias e informações, bem como adotar sanções em caráter extraordinário. O Poder Executivo é obrigado a informar ao Congresso, que poderá suspender a medida no prazo de 80 dias, desde que as razões que deram origem ao estado de catástrofe não existam mais.
Megaterremoto
O Chile tem um longo histórico de terremotos. Em 22 de maio de 1960, um tremor de magnitude 9,5 destruiu a cidade de Valdivia e matou 1.655 pessoas. Foi o maior terremoto já registrado na história desde a invenção de modernos instrumentos de sismologia, no começo do século 20.
O tremor também provocou um tsunami que atingiu a Ilha de Páscoa, a 3.700 km da costa chilena. As ondas chegaram até o Japão, Havaí e Filipinas. Desde 1973, ocorreram outros 13 terremotos de magnitude 7.0 ou maior.
Isso acontece porque o Chile está situado entre duas placas tectônicas: a Nazca, no Oceano Pacífico, e a Sul-Americana.
A crosta da Terra é formada por placas tectônicas separadas que deslizam lentamente sobre o manto terrestre. Esse movimento causa os terremotos. Os abalos sísmicos acontecem nas franjas entre duas placas, chamadas falhas. As placas deslizam em direções opostas, abrindo fendas, ou em movimentos verticais ou horizontais.
Terremotos de magnitude 8.0 são raros e acontecem em média uma vez ao ano. Eles são chamados de "megadeslizamentos" e acontecem quando uma placa tectônica se afunda sobre a outra.
O terremoto chileno não foi mais forte que o de Sumatra, na Indonésia, em 2004, que chegou à marca de 9.1 na escala Richter e foi mais destrutivo porque o tremor provocou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países. No Chile, o alerta de ondas gigantes, dado com antecedência, permitiu que a população litorânea nas ilhas do Pacífico fosse avisada, o que não ocorreu no caso de Sumatra, no Oceano Índico.
Haiti
O terremoto no Chile foi também 100 vezes mais potente que o ocorrido no Haiti, em 12 de janeiro de 2010, que registrou 7.0 graus na escala Richter e matou aproximadamente 230 mil pessoas.
Mas por que, mesmo menor, o evento provocou mais destruição no Haiti? Primeiro, pelo fato de o terremoto no Chile ter ocorrido no mar, a 35 km de profundidade, enquanto que o haitiano teve o epicentro a 10 km da superfície, bem debaixo de centros urbanos, e a 25 km da capital, Porto Príncipe.
Em segundo lugar, o Chile é um país preparado para lidar com terremotos. Localizado em um dos lugares do mundo mais propensos a atividade sísmica, com grandes tremores a intervalos regulares de dez anos, o Chile possui prédios construídos com tecnologia anti-sísmica.
Além disso, a população é orientada sobre o que fazer em caso de emergência e existem equipes preparadas para agir após o colapso. Já o Haiti não sofria uma catástrofe desse tipo há dois séculos.
Finalmente, há fatores socioeconômicos. O Haiti é um dos países mais pobres do mundo, enquanto o Chile é uma das nações mais desenvolvidas da América Latina.
Plano de Formação de Professores discutido em videoconferência
10/3/2010
Foram apresentados nesta terça-feira, 9, em videoconferência, no Instituto Anísio Teixeira, o Programa Nacional de Formação de Professores e o Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente. Presidido pelo secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, o fórum discutiu ainda a participação e a responsabilidade dos municípios no programa, bem como o parâmetro para validação dos pré-inscritos na Plataforma Freire.
"Vivemos um momento histórico porque, finalmente, a educação foi colocada na agenda nacional com esforços nacionais, estaduais e municipais para superar a vergonha a que o Brasil está submetido de ter um dos índices mais baixos de educação, apesar de hoje ser um dos mais desenvolvidos economicamente", pontuou o secretário Osvaldo Barreto.
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/BA), Luiz Valter de Lima, e o diretor-geral do Instituto Anísio Teixeira, Penildon Silva Filho, destacaram a necessidade de dar prosseguimento ao processo de sensibilização dos gestores públicos e parceiros responsáveis pela formação dos professores baianos.
"A Undime tem se pautado na construção de mecanismos articulatórios para fortalecer a política nacional de educação, que visa à qualificação dos nossos professores. Política de formação não pode ser dissociada da política de valorização da classe", afirmou o dirigente da entidade.
A Bahia possui o maior programa de Formação Inicial de Professores do país, tanto de formação inicial (com mais de 61 mil vagas), como de formação continuada (com mais de 45 mil vagas). O programa estadual é organizado e executado pela Secretaria da Educação, por meio do Instituto Anísio Teixeira.
A meta é, até 2011, oferecer formação a profissionais que não possuem licenciatura ou que atuam em área distinta de sua formação, utilizando metodologias de ensino presencial (regular e modular) e a distância.
Em 2007, 35,38% do quadro do magistério público estadual não possuía nível superior com formação profissional em licenciatura plena. Já nas redes municipais, cerca de 80% dos professores não possuíam licenciatura ou qualquer outra graduação. A construção do programa envolveu as universidades estaduais: Uneb, Uefs, Uesc, Uesb, e as federais: Ufba e Univasf, o Instituto Federal da Bahia (Ifba), além da Universidade Aberta do Brasil (UAB/MEC).
Voltada para prefeitos, secretários municipais de educação, diretores de Diretorias Regionais de Educação, diretores de escola e professores, a videoconferência teve visibilidade em 40 auditórios e seis estúdios de 31 municípios baianos, por meio da Rede Educação.
"Esse fórum cumpre o objetivo de divulgar o Programa Nacional de Formação que precisará da união e esforços de todos os segmentos envolvidos para elaborar os planos estratégicos e as prioridades educacionais", alertou o secretário Osvaldo Barreto.
Fonte: ASCOM – SECRETARIA
Vacinar alunos reduz em 60% casos de gripe, diz estudo
São Paulo - A imunização de crianças e adolescentes pode reduzir em cerca de 60% os casos de gripe em uma comunidade. É o que mostra um estudo publicado hoje por pesquisadores canadenses no Jama (Journal of the American Medical Association). Contudo, a maior parte dos países do mundo, incluindo o Brasil, não costuma imunizar a faixa etária dos 3 aos 15 anos. Eles optam por priorizar grupos com mais mortes provocadas pela doença, como idosos ou crianças com menos de 2 anos.
O trabalho mostrou que crianças vacinadas não sofrem contágio na escola e, dessa forma, não levam o vírus para casa. O efeito é conhecido pelos epidemiologistas como imunidade de rebanho, pois a vacinação de um grupo protege os demais membros da comunidade.
O estudo analisou a gripe comum, mas especialistas sugerem que uma estratégia semelhante ajudaria no combate à pandemia de Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. "A principal implicação (do artigo) é que crianças e adolescentes devem ser incluídos no público-alvo de vacinação para influenza", afirmou o principal autor do trabalho, Mark Loeb, da Universidade McMaster.
País
No Brasil, a campanha de vacinação contra gripe A não vai oferecer imunização gratuita para pessoas com idade entre 3 e 19 anos. O Ministério da Saúde afirma que a campanha de vacinação não pretende conter a pandemia - algo que já seria impossível -, mas evitar os casos graves.
Por isso, o principal critério para definir quais grupos devem receber a vacina foi a suscetibilidade aos quadros letais da doença, o que tornaria menos prioritária a imunização de crianças com mais de 3 anos e jovens com menos de 20. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Conferência Nacional de Educação
A Conferência Nacional de Educação – CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional.
Está sendo organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.
Tema da CONAE, definido por sua Comissão Organizadora Nacional, será: Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação. A CONAE acontecerá em Brasília, de 28 de março a 1º de abril de 2010, será precedida de Conferências Municipais, previstas para o primeiro semestre de 2009 e de Conferências Estaduais e do Distrito Federal programadas para o segundo semestre do mesmo ano.
A Portaria Ministerial nº 10/2008 constituiu comissão de 35 membros, a quem atribuiu as tarefas de coordenar, promover e monitorar o desenvolvimento da CONAE em todas as etapas. Na mesma portaria foi designado o Secretário Executivo Adjunto Francisco das Chagas para coordenar a Comissão Organizadora Nacional.
A Comissão Organizadora Nacional é integrada por representantes das secretarias do Ministério da Educação, da Câmara e do Senado, do Conselho Nacional de Educação, das entidades dos dirigentes estaduais, municipais e federais da educação e de todas as entidades que atuam direta ou indiretamente na área da educação.
Fonte: Site do MEC

Enviado Por:DULCE PEREIRA GUIMARÃES
                 JEILMA DE JESUS BRAGA
                 LARISSA DA SILVA ASCENDINO
                 LEIDIANE FERREIRA DOS SANTOS

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