quinta-feira, 29 de julho de 2010

TECNOLOGIA-BACHARELADO-LICENCIATURA


TECNOLOGIA
A modalidade de graduação tecnológica forma profissionais para atender campos específicos do mercado de trabalho. Seu formato, portanto, é mais compacto e prático, com duração média menor que a dos cursos de graduação tradicionais. A duração do curso é, geralmente, de 2 a 3 anos. Sendo um profissional de nível superior, os tecnólogos podem, assim como os formados no bacharelado e licenciatura, continuar os estudos cursando a pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) e lato sensu (Especialização e MBA). Além disso, permite a inserção rápida no mercado de trabalho e impulsiona a carreira para quem já está empregado.
BACHARELADO
Não é voltada para uma área específica, sendo mais abrangente. Propicia uma visão mais generalista da profissão e, devido a duração do curso, algumas carreiras são exclusivas do bacharelado, principalmente aquelas com exercício da profissão regulamentado. Exemplo: médico, engenheiro, psicólogo, dentista, administrador, etc. Os cursos de bacharelado, em sua maioria, variam de 3,5 a 5 anos.
LICENCIATURA
A licenciatura é um tipo de diploma que habilita seu titular a exercer o magistério em diversos níveis de ensino, de acordo com a área cursada. A duração é, na maioria dos cursos, entre 3 e 4 anos. A licenciatura habilita o seu titular a ser professor em escolas de Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, caso em que a formação se dá no curso de Pedagogia. Originalmente, o licenciado também podia ser professor em universidades, mas a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação impede tal atividade. Apenas os cursos ligados a alguma área tradicional do conhecimento permitem a obtenção de tal diploma, como por exemplo o curso de Letras, que habilita seu diplomado a ser professor de um idioma e a sua literatura; ou a alguma atividade artística (como nos cursos de Educação artística, que licenciam seus diplomados a serem professores de artes em geral).

terça-feira, 27 de julho de 2010

ATIVIDADES-2º SEMESTRE LETIVO-2010


Caros Acadêmicos de Pedagogia-FAEL

Iniciamos nossas atividades para este 2º semestre letivo do ano de 2010, com algumas atividades e com muitas informações.

PEDAGOGIA 2007
ESTÁGIO SUPERVISIONADO VII
07/08:
SEMINÁRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

SEMINÁRIO DE PESQUISA-APRESENTAÇÃO DE TCC

??/?? :
DEFESA DE TCC-ARTIGO CIENTIFICO

21/12:
COLAÇÃO DE GRAU


PEDAGOGIA 2008
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III (ANOS INICIAIS)
ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

PEDAGOGIA 2009
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - EDUCAÇÃO INFANTIL


PEDAGOGIA 2010.1-2010.2
PPP I
PPP III

Fiquem atentos com as datas e não percam o prazo de rematrícula.

sábado, 24 de julho de 2010

FACULDADE PODE RECUSAR REMATRICULA DE ALUNO INADIMPLENTE, DIZ IDEC

Universitários que possuem dívidas com a faculdade devem ficar de olhos bem abertos no momento da rematrícula, que, para os cursos semestrais, acontece em julho. Isso porque, de acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as instituições de ensino podem recusar o aluno inadimplente, o que está previsto na Lei 9.870/99. Para evitar a interrupção do curso, porém, o Idec orienta o aluno a tentar renegociar as mensalidades em atraso. A instituição não é obrigada a aceitar o acordo, mas é provável que concorde, uma vez que tem interesse em receber os atrasados.

O novo contrato não pode trazer disposições diferentes e menos favoráveis ao estudante do que o pactuado originalmente”, disse a advogada do Idec, Mariana Alves. Sobre o valor devido, podem ser cobrados juros, multa de mora e correção monetária, mas com limites. A multa de mora, por exemplo, não pode ultrapassar 2% ao mês, assim como a cobrança de juros, caso esteja previsto do contrato. Se o assunto não constar no contrato, os juros não podem ultrapassar 1% ao mês.

Fonte: Portal UOL Economia, 22/07/2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

REMATRÍCULA-2º SEMESTRE 2010


Comunicados IES

Comunicado 063/10 - Rematrículas Segundo Semestre 2010 FAEL
16/7/2010 11:48

Caros parceiros,

Seguem as principais informações para a rematrícula do 2º semestre de 2010 da FAEL, que inicia dia 26 de julho de 2010.

Dos prazos de rematrículas:
Data de Início de rematrícula: 26/07/2010
Data de término de rematrícula: 05/09/2010
Dos descontos aplicados na rematrícula:
26/07/2010 até 08/08/2010 – 20% de desconto
09/08/2010 até 29/08/2010 – 15% de desconto
Após 29/08/2010 - sem desconto
Os procedimentos de renegociação não sofreram alteração com relação a rematrícula anterior. Seguem as principais regras de renegociação que serão seguidas:
1) Alunos com parcelas de acordo vencidas e não pagas:
O aluno deverá realizar o pagamento destas parcelas através dos boletos disponíveis no portal. Lembrando que estas parcelas não terão um re-parcelamento. O aluno que estiver com parcelas de acordo vencidas não conseguirá realizar o processo de rematrícula.
2) Alunos com parcelas de acordo a vencer:
O acordo será mantido e não ocorrerá re-parcelamento. O aluno conseguirá realizar o processo de rematrícula normalmente.
3) Alunos com parcelas do período vencidas e não pagas:
O aluno deverá negociar todas as parcelas vencidas, sendo entrada mínima de 50% com o valor mínimo da parcela de R$ 100,00 e o valor poderá ser dividido em até cinco parcelas.
Na existência de parcelas a vencer do período, estas não serão inclusas na entrada dos 50%. As parcelas receberão os descontos de pontualidade antes de entrarem no parcelamento.
4) Alunos que possuírem somente parcelas do período a vencer:
O aluno deverá negociar no portal onde receberá o desconto de pontualidade e poderá parcelar em 1+ 3 parcelas de igual valor.
Número de Parcelas conforme vencimentos de rematrícula:
Os alunos que realizarem suas rematriculas fora do período normal terão a quantidade de parcelas reduzida. Todas as rematrículas realizadas em julho e agosto terão a matrícula + 5 parcelas. Após esse período, o número de parcelas será reduzido.
Entre o vencimento da parcela de Matricula e a o vencimento da 1° mensalidade haverá um intervalo mínimo de 25 dias, dependendo da opção da data do vencimento escolhida pelo aluno. As opções de datas de vencimento da mensalidade são: 05, 10, 15, 20 e 25
Exemplo: rematrícula realizada 05 de agosto, com a opção de vencimento dia 25, a 1ª parcela vencerá dia 25/09/2010; 2ª em 25/10; 3ª em 25/11; 4ª em 25/12 e 5ª parcela em 25/01/11.
Observações importantes:
1)
· Somente poderão se rematricular acadêmicos que estiverem regularmente matriculados no 1º semestre de 2010.
· Lembramos que alunos que não estão regularmente rematriculados no período não serão considerados alunos da instituição e não possuem o direito de receber material didático, assistir às aulas, efetuar avaliações ou ter sua presença registrada. O contrato de prestação de serviços do aluno encerra-se com o fim do semestre em que foi regularmente matriculado. O aluno somente tem direito a voltar a assistir às aulas após a rematrícula, quando o contrato de prestação de serviços passa a ser novamente válido.
· Os dados cadastrais do aluno deverão estar sempre atualizados.
· Os pagamentos dos boletos deverão ser realizados somente através da rede bancária.
· Todos os alunos não rematriculados até 05/09/2010 terão suas matrículas canceladas logo após essa data.
Pedimos que divulguem as informações a todos os seus alunos. Essas mesmas informações estarão sendo enviadas via e-mail para todos os alunos com e-mails cadastrados

Osíris Bastos
Diretor Acadêmico FAEL

terça-feira, 13 de julho de 2010

VIDA - PADRE FÁBIO DE MELO

A SUA VIOLÊNCIA


Por mais que haja ambição, inveja, intolerência, arrogância, perseguições, calúnia
e todas as maldades,
que nem se possa imaginar passe pelo coração do ser humano.

Nada justifica tanta, VIOLÊNCIA.
Não importa por quem ela é praticada,
ou contra quem ela foi desferida.
Destruir sonhos, fantasias, caminhos e famílias,
não é seu direito e nem de ningúem.
Livre arbítrio, não é sinônimo para qualquer tipo de crueldade humana.
Quem é você, que se acha capaz de julgar as ações do outro.
Quem é você que se capaz de setenciar alguem como seu algoz, acreditando que nunca será julgado.
Neste paraíso que transformamos em inferno,
Sua expiação, ainda será julgada em um tribunal muito mais justo e sublime do que imaginas.
Só não espere que esteja longe de mais para acontecer.
Pense nisso!
Por: Geonilton Santos

sexta-feira, 9 de julho de 2010

LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO




"Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem, um mapa de quem você é, e de tudo que pode ser. "
Magda Soares

Conceitos:
Letramento: conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito. HOUAISS, 2004
Alfabetização: é um processo dentro do letramento e, segundo Magda Soares, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.

A criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em um processo de letramento. Pois, ela faz a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções. O contato com o mundo letrado é muito entes das letras e vai além delas. Sendo assim chegamos à seguinte pergunta:
Para que serve a escrita então?
Segundo a professora Rosineide Magalhães, no texto “Letramento como Prática Social”, a escrita e a leitura são consumidas, hoje, pelas pessoas como meio de sobrevivência, com o objetivo de formação acadêmica, profissional, integração e interação social, resolução de problemas cotidianos, condição de entender o mundo e suas tecnologias.
Há diferentes tipos de letramentos associados a diferentes domínios sociais, por exemplo: letramento tecnológico, literário, religioso. O letramento autônomo é aquele que acontece somente dentro da escola, desvinculado do mundo. Tais formas estão incluídas ou no letramento formal, legitimado; ou no informal, incidental.
Para aprofundamento teórico utilizamos um material do livro Letramento: um tema em três gêneros de Magda Soares. A autora coloca três perguntas ao longo do texto e mostra vários exemplos para levar a compreensão do termo letramento. São elas:

Qual é o significado dessa palavra letramento?

Por que surgiu essa nova palavra, letramento?

Onde fomos buscar essa nova palavra, letramento?


Preparei o material da aula na tutoria respondendo tais questionamentos. Coloquei também o letramento na educação infantil, que se dá basicamente por meio da oralidade e das múltiplas linguagens.

Em outro momento trabalhamos com o texto: A Organização de Atividades Culturalmente Significativas de Zilma Ramos de Oliveira, para tratar do trabalho pedagógico com múltiplas linguagens. Nós lemos o texto e respondemos o seguinte roteiro de trabalho:


1 - Identifique as diferentes linguagens presentes nas atividades da educação infantil.
Linguagens corporal, plástica, musical, dramática, oral, escrita, natural, emocional.

2 - Como podemos organizar as linguagens no currículo da educação infantil?
Devem-se prever momentos e atividades, no cotidiano escolar, que contemplem todas as linguagens. Fazendo com que a criança se torne capaz de utilizar com eficiência as diferentes formas de se comunicar. Na educação infantil o currículo deve ser flexível e pensado a partir daquilo que se constitui o meio de desenvolvimento da criança e das praticas sociais que ali acontecem.

3 - O jogo na educação infantil constitui diferentes linguagens? Reflita e argumente.

Sim, o jogo é constituído pelas linguagens corporal, simbólica, oral, dentre outras. Isso proporciona o desenvolvimento de processos psicológicos como a memória e a capacidade de se expressar utilizando as diversas linguagens.

4 - Estabeleça a relação jogo x desenvolvimento da criança x linguagem.

Piaget descreve as fases do jogo:

Jogos de exercício sensório motor: Simples exercícios motores por prazer.
Jogos simbólicos: Meio de assimilação do real e de auto-expressão. Satisfazer o eu por meio da transformação do real em função de seus desejos (liquidação de conflitos, compensação de necessidades não satisfeitas, inversão de papéis).
Jogos de regras: Conduta lúdica que supõe relações sociais claras, pois a regra é uma ordenação, uma regularidade imposta pelo grupo, sendo que sua violação é considerada uma falta.

Com a teoria de Piaget percebemos que o desenvolvimento acontece na interação da criança com o ambiente que o cerca. Mais precisamente, com a intervenção, a ação do sujeito nesse processo. No jogo, a criança experimenta seu meio, as relações sociais ali existentes e formula hipóteses sobre o funcionamento da língua e as testa em novos encontros sociais.
No encontro com a professora Márcia Gondim, fizemos a técnica da tempestade de idéias com os conceitos de letramento e alfabetização.

Alfabetização
Ensinar o código escrito
Signos e seus significados
Ensinar a leitura
Codificação e decodificação
Participação em um mundo desconhecido

Letramento
Refletir, interpretar
Leitura e compreensão de textos
Leitura de mundo
Função social
Respeito às diferenças culturais
Práticas sociais que utilizam a escrita
Libertação, construção da autonomia

Na exposição teórica, Márcia abordou pontos que serviram de base para reformular as idéias colocadas no início e construir nossos próprios conceitos. São eles:
Competência lingüística: todo falante nativo de uma língua possui, é a capacidade de se comunicar adquirida culturalmente.
Competência comunicativa: é a capacidade de transitar em diferentes domínios sociais, é adquirida na escola.

O papel da escola é trabalhar a competência comunicativa sem desvalorizar a cultura do aluno, aquilo que traz de seu meio social. Mostrar as diferentes formas de falar.

A escola é o ambiente de letramento e o professor é o agente.

Quanto à fala não existe certo ou errado, existe o adequado ou inadequado a determinadas situações.

Ratificação da fala: repetir de acordo com a norma padrão sem constranger.

Para cada contexto social temos uma forma de falar.

No processo de educação acontece a transposição da cultura do lar para a escolarizada, elas se somam na escola.

Para Magda Soares alfabetismo é outro termo para designar letramento.

O conceito de alfabetização para Magda Soares é restrito, refere-se apenas ao aprender/ensinar a ler e escrever. Já Emília Ferreiro coloca que não precisa usar outro termo (no caso letramento) para designar algo que já deveria estar dentro do processo de alfabetização.


Facetas da aprendizagem da leitura e da escrita:

1 - Faceta fônica: envolve o desenvolvimento da consciência fonológica, imprescindível para que a criança tome consciência da fala como um sistema de sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses sons, e a aprendizagem das relações fonema-grafema e demais convenções de transferência da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita.

2 - Faceta da leitura fluente: exige o reconhecimento holístico de palavras e sentenças.

3 - Faceta da leitura compreensiva: supõe ampliação de vocabulário e desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação, inferência, entre outras.

4 - Faceta da identificação e uso adequado das diferentes funções da escrita, dos diferentes portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto.

Na tutoria, promovemos uma palestra com a professora Madalena Torres sobre alfabetização e letramento, cujo material está disponibilizado abaixo:


Conceitos de letramento:

Do ponto de vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto social” (SOARES, 2006).

“Processo de inserção e participação na cultura escrita”. (VAL, 2006)
“Compreensão e uso efetivo da língua escrita em práticas sociais diversificadas”. (Ibid)
“Possibilidades de participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita” (Ibid)
“Saber utilizar a língua escrita nas situações em que esta é necessária, lendo e produzindo textos” (BATISTA, 2003 in VAL, 2006, p. 19).
“Conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades, necessário para usar a língua nas práticas sociais” (BATISTA, 2003 in VAL, 2006, p. 19).
“... entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais” (SOARES, 2004).
“O letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas da escrita nas sociedades, ou seja, o desenvolvimento histórico da escrita refletindo outras mudanças sociais e tecnológicas, como a alfabetização universal, a democratização do ensino, o acesso a fontes aparentemente ilimitadas de papel, o surgimento da internet.” (KLEIMAN, 2005).

Conceitos de alfabetização:

“Processo específico e indispensável de apropriação do sistema da escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitem ao aluno ler e escrever com autonomia” (VAL, 2006, p. 19).
“A alfabetização diz respeito à compreensão e ao domínio do chamado código escrito, que se organiza em torno de relações entre a pauta sonora da fala e as letras (e outras convenções) usadas para representá-la, a pauta, na escrita” (VAL, 2006, p. 19).
“A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo ou grupo” (BATISTA, 006)
Fichamento do livro: Alfabetizar e Letrar de Marlene Carvalho
Textos:
Alfabetização e Letramento: Caminhos e Descaminhos - Magda Soares
Práticas de Letramento na Educação Infantil: O Trabalho Pedagógico no Contexto da Cultura Letrada - Cecília Goulart
Livro:
Letramento: um tema em três gêneros – Magda Soares

quinta-feira, 8 de julho de 2010

FINAL DE SEMESTRE LETIVO-AVALIAÇÕES

Caros Academicos de Pedagogia FAEL,


Não perca seu sono,

Não deixe de curtir seu final de semena,

Nem arranque seus cabelos.


LEMBREM-SE:


AVALIAÇÕES FINAIS DO SEMESTRE

15/JULHO - PEDAGOGIA 2009/2010
16/JULHO - PEDAGOGIA 2008
17/JULHO - PEDAGOGIA 2007

SAIBAM QUE,

Na estrada da vida
Ainda estamos viajando
Em um dia acertamos
Noutro erramos
Decepcionamos-nos,
Depois aprendemos o caminho
Encontramos pedras,
Que muitas vezes precisamos arrancar com as mãos...
Animais ferozes,
Que nos fazem correr e muito se cansar...
Amigos,
Que nos dão a mão e nos ajudam a continuar...
Inimigos,
Que parecem vir para atrapalhar mas ajudam a exercermos a supremacia do amor...
As Matas fechadas,
Onde nos machucamos, nos cortamos e sentimos muitas dores...
Os Desertos,
Onde o fadiga nos faz pensar se vale a pena...
As Montanhas, que nos cansam, mas fortalece-nos a cada etapa vencida...
Os Rios que nos refrescam e ajudam a relaxar das tensões...
A Sombra, que nos presenteia com um momento de descanso...
E cada etapa da caminhada, ao passarmos pelas dificuldades
Começamos a entender o que cada etapa significou...
Quais lições precisávamos aprender...
Enfim seja qual for a etapa que nesse momento você estiver passando...
Não desista, não desanime!
Essa é apenas mais uma etapa!
E em breve chegarás ao rio de águas claras!!!!
A Sombra que descanso fornece!!!
E acima de tudo tenha fé!!!!!
A fé que nos leva a diante!!!
A fé que nos encoraja!!!
A fé que transforma o deserto em grande mar!!!
Que nos impulsiona a chegar no porto desejado....
Que DEUS possa agir...
Por meio de seu livre arbítrio!!!!!


ESTUDEM E SUCESSO !

quinta-feira, 1 de julho de 2010

TERMOS E SIGNIFICADOS USADOS EM PEDAGOGIA E PSICOPEDAGOGIA


O conhecimento de alguns termos é de fundamental importância para profissionais da área de educação e saúde mental. Pensando nisso selecionamos abaixo alguns termos para que possam servir de consulta. Não é nossa intenção explanar sobre cada um deles, mas apresentar apenas um breve significado. Cabe ao profissional buscar outras fontes para se aprofundar sobre causas, sintomas e tratamentos.
Aprendizagem - É o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maturo, que se expressa diante de uma situação-problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.
Agnosia - Etimologicamente, a falta de conhecimento. Impossibilidade de obter informações através dos canais de recepção dos sentidos embora o órgão do sentido não esteja afetado.
Agnosia visual
Compreende a incapacidade de reconhecimento visual de objetos na ausência de disfunções ópticas. Os métodos de neuroimagem permitem a identificação de lesões têmporo-occipitais bilaterais, geralmente de origem isquêmica, determinantes dessa condição. Outros dois tipos particulares de agnosia visual podem ser diferenciados:
alexia: refere-se à perda da capacidade de reconhecimento de palavras escritas. Através dos métodos de neuroimagem pode-se detectar lesões no território de irrigação da artéria cerebral posterior esquerda, com comprometimento parcial do corpo caloso;
prosopagnosia: refere-se à incapacidade de reconhecimento de faces, e seu substrato anatômico reside em lesões occipitais inferiores bilaterais.
Agnosia auditiva
Incapacidade de reconhecimento e distinção de sons na ausência de quaisquer déficits auditivos. A neuroimagem revela lesões na região temporal (córtex auditivo secundário. área 22 e parte da área 21 de Brodmann) no hemisfério cerebral direito.
Afasia - Perda da capacidade de usar ou compreender a linguagem oral. Está usualmente associada com o traumatismo ou anormalidade do sistema nervoso central. Utilizam-se várias classificações tais como afasia expressiva e receptiva, congênita e adquirida.
Afasia de Broca (afasia de expressão, motora ou não fluente)
Caracteriza-se pelo comprometimento de estruturas localizadas nas porções mais anteriores como a porção posterior do giro frontal inferior ou área de Broca. Clinicamente observa-se reduzida produção com frases curtas, agramáticas e amelódicas. A compreensão da linguagem verbal geralmente encontra-se preservada e a capacidade de repetição, comprometida. Os métodos de imagem (TC e RM) revelam lesões ou assimetrias na região frontal posterior e porção anterior da região têmporo-parietal de predomínio à esquerda. Em casos de lesões vasculares, o território comprometido pertence ao ramo superior (rolândico) da artéria cerebral média esquerda.
Afasia de Wernicke (afasia de compreensão, sensorial ou fluente)
As estruturas comprometidas localizam-se nas porções mais posteriores como a porção posterior do giro temporal superior ou ária de Wernicke e o córtex auditivo primário, no giro de Heschl. A compreensão da linguagem verbal e a repetição encontram-se intensamente comprometidas, com fluência verbal preservada e conteúdo anormal com tendência a substituições (parafasias). Os métodos de imagem revelam lesões têmporo-parietais no hemisfério esquerdo, no território de irrigação do ramo inferior da artéria cerebral média ipsolateral.
Afasia global (afasia mista)
Distúrbio significativo dos processos de compreensão e expressão da linguagem. Geralmente associado a hemiparesia direita determinado por extensas lesões nas áreas da linguagem, acometendo o território de irrigação da artéria cerebral média esquerda.
Afasia Progressiva Primária
Essa denominação define uma síndrome degenerativa que cursa com perda gradual da capacidade de linguagem na ausência de demência generalizada. TC e RM revelam assimetria cortical que se traduz por atrofia localizada com alargamento dos sulcos fronto-temporais e da fissura peri-silviana a esquerda com dilatação do corno temporal correspondente, de caráter progressivo em exames sucessivos. Os métodos de Neuroimagem funcional como SPECT e PET apresentam maior sensibilidade, revelando hipoperfusão e hipometabolismo nas áreas afetadas, mesmo na ausência de alterações anatomicamente detectáveis pela TC ou RM.
Agrafia - Impossibilidade de escrever e reproduzir os seus pensamentos por escrito.
Anamnese - Levantamento dos antecedentes de uma doença ou de um paciente, incluindo seu passado desde o parto, nascimento, primeira infância, bem como seus antecedentes hereditários.
Anomia - Impossibilidade de designar ou lembrar-se de palavras ou nome dos objetos.
Anorexia - Perda ou diminuição do apetite.
Anoxia - Diminuição da quantidade de oxigênio existente no sangue.
Apnéia - Paragem voluntária dos movimentos respiratórios: retenção da respiração.
Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na realização de movimento com uma finalidade. A pessoa não realiza os movimentos apesar de conhecê-lo e não ter qualquer paralisia. São caracteristicamente determinadas por lesões parietais. Alguns tipos particulares de apraxia incluem:
Apraxia ideomotora
É a inabilidade de realizar atos motores sob comando verbal, embora esses atos sejam facilmente realizados de modo espontâneo. Lesões do fascículo arqueado e da porção anterior do corpo caloso podem ser responsáveis por esse tipo de distúrbio.
Apraxia ideatória
É a incapacidade de realizar certos movimentos seqüênciais na realização de um ato (como o exemplo clássico de tirar um cigarro do maço e acendê-lo). \Embora cada movimento separado seja executado facilmente. A localização precisa das estruturas afetadas nessa disfunção neuropsicológica ainda é incerta.
Apraxia construtiva
É a incapacidade de reproduzir ou copiar um modelo visual apresentado, na ausência de distúrbios visuais, perceptivos ou motores. Lesões parietais localizadas à direita, costumam determinar quadros mais intensos, geralmente associados a negligência dos elementos contralaterais.
Astereognosia - Incapacidade de reconhecimento de objetos pelo tato, na ausência de disfunção sensitiva. Geralmente determinada por lesões envolvendo o giro pós-central contralateral.
Ataxia - Dificuldade de equilíbrio e de coordenação dos movimentos voluntários.
Autismo - Distúrbio emocional da criança caracterizada por incomunicabilidade. A criança fecha-se sobre si mesma e desliga-se do real impedindo de relacionar-se normalmente com as pessoas. Num diagnóstico incorreto pode ser confundido com retardo mental, surdo-mudez, afasia e outras síndromes.
Bulimia - Fome exagerada de causa psicológica.
Catarse - Efeito provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocional ou traumatizante até então reprimida.
Catatonia - Síndrome complexa em que o indivíduo se mantém numa dada posição ou continua sempre o mesmo gesto sem parar. Persistência de atitudes corporais sem sinais de fadiga.
Cinestesia - Impressão geral resultante de um conjunto de sensações internas caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.
Complemento (Closure) - Capacidade de reconhecer o aspecto global, especialmente quando uma ou mais partes do todo está ausente ou quando a continuidade é interrompida por intervalos.
Consciência fonológica - Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:
1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as sílabas, em fonemas.
2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas (rima, por exemplo).
Coordenação viso-motora - É a integração entre os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.
Desorientação vísuo-espacial - Consiste na perda da habilidade de execução de tarefas visualmente guiadas, na perda da capacidade de interpretação de mapas e de localização na vizinhança ou mesmo dentro de casa. Os aspectos de neuroimagem podem revelar áreas isquêmicas ou de hipoperfusão nas regiões têmporo-occipitais de predomínio à direita.
Disartria - Dificuldade na articulação de palavras devido a disfunções cerebrais.
Discalculia - Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, deficiência de estruturação espaço-temporal.
Disgrafia - Escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de realização dos movimentos motores necessários à escrita. Esta disfunção está muitas vezes ligada a disfunções neurológicas.
Dislalia - É a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na palavra falada.
Dislexia - Dificuldade na aprendizagem da leitura, devido a uma imaturidade nos processos auditivos, visuais e tatilcinestésicos responsáveis pela apropriação da linguagem escrita.
Disortografia - Dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita.
Disgnosia - Perturbação cerebral comportando uma má percepção visual.
Dismetria - Realização de movimentos de forma inadequada e pouco econômica.
Dispnéia - Dificuldade de respirar.
DSM IV - É a classificação dos Transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria. Descreve as características dos transtornos apresentando critérios diagnósticos. Ver o DSM IV no site psiqueweb: http://gballone.sites.uol.com.br/
Ecolalia - Imitação de palavras ou frases ditas por outra pessoa, sem a compreensão do significado da palavra.
Ecopraxia - Repetição de gestos e praxias.
Enurese - Emissão involuntária de urina.
Esfíncter - Músculo que rodeia um orifício natural. Em psicanálise, na fase anal está ligado ao controle dos esfíncteres.
Espaço-temporal - orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos e adaptá-los no espaço. É a consciência da relação do corpo com o meio.
Etiologia - Estudo das causas ou origens de uma condição ou doença.
Figura fundo - Capacidade de focar visivelmente ou aditivamente um estímulo, isolando-o perceptivamente do envolvimento que o integra. Ex. identificar alguém numa fotografia do grupo ou identificar o som de um instrumento musical numa melodia.
Gagueira ou tartamudez - distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras ou frases. É acompanhada rapidamente por tensão muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. Atinge mais homens que mulheres.
Gnosia - Conhecimento, noção e função de um objeto. Segundo Pieron toda a percepção é uma gnosia.
Grafema - Símbolo da linguagem escrita que representa um código oral da linguagem.
Hipercinesia - Movimento e atividade motora constante e excessiva. Também designada por hiperatividade.
Hipocinesia - Ausência de uma quantidade normal de movimentos. Quietude extrema.
Impulsividade - Comportamento caracterizado pela ação de acordo com o impulso, sem medir as conseqüências da ação. Atuação sem equacionar os dados da situação.
Lateralidade - Bem estabelecida - implica conhecimento dos dois lados do corpo e a capacidade de os identificar como direita e esquerda.
Linguagem interior - O processo de interiorizar e organizar as experiências sem ser necessário o uso de símbolos lingüísticos. Ex.: o processo que caracteriza o analfabeto que fala, mas não lê nem escreve.
Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança.
Maturação - É o desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e orgânicas. Abrange padrões de comportamento resultantes da atuação de algum mecanismo interno.
Memória - Capacidade de reter ou armazenar experiências anteriores. Também designada como "imagem" ou "lembrança".
Memória cinestésica - É a capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à realização gráfica. À medida que a criança entra em contato com o universo simbólico (leitura e escrita) vão ficando retidos em sua memória os diferentes movimentos necessários para o traçado gráfico das letras.
Morfema - É a menor unidade gramatical. Na palavra infelicidade encontramos três elementos menores cada um chamado de morfema: in (prefixo), felic (radical), idade (sufixo). Os morfemas são utilizados para construir outras palavras: o prefixo in é utilizado em outras palavras como invariável, invejável, inviável, por exemplo.
Mudez - É a incapacidade de articular palavras, geralmente decorrente de transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e a coordenação das idéias e impedindo a sua transmissão em forma de comunicação verbal. Em boa parte dos casos o mutismo decorre de problemas na audição. Os fatores emocionais e psicológicos também estão presentes em algumas formas de mudez. Na mudez eletiva a criança fica muda com determinadas pessoas ou em determinadas situações e em outras não.
Paratonia - É a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. Quando a criamnça caminha ou corre, os braços e as pernas se movimentam mal e rigidamente.
Percepção - processo de organização e interpretação dos dados que são obtidos através dos sentido.
a) Percepção da posição - do tamanho e do movimento de um objeto em relação ao observador.
b) Percepção das relações espaciais - das posições a dois ou mais objetos.
c) Consistência perceptiva - capacidade de precisão perceptiva das propriedade invariantes dos objetos como, por exemplo: forma, posição, tamanho etc.
d) Desordem perceptiva - Distúrbio na conscientização dos objetos, suas relações ou qualidade envolvendo a interpretação da estimulação sensorial.
e) Deficiência perceptiva - Distúrbio na aprendizagem, devido a um distúrbio na percepção dos estímulos sensoriais.
f) Perceptivo-motor - Interação dos vários canais da percepção como da atividade motora. Os canais perceptivos incluem: o visual, o auditivo, o olfativo e o cinestésico.
g) Percepção visual - Identificação, organização e interpretação dos dados sensoriais captados pela visão.
h) Percepção social - Capacidade de interpretação de estímulos do envolvimento social e de relacionar tais interpretações com a situação social.
Preservação - Tendência de continuar uma atividade ininterruptamente; manifesta-se pela incapacidade de modificar, de parar ou de inibir uma dada atividade, mesmo depois do estímulo causador ter sido suprimido.
Problemas de aprendizagem - São situações difíceis enfrentadas pela criança com um desvio do quadro normal mas com expectativa de aprendizagem a longo prazo (alunos multirrepetentes).
Praxia - Movimento intencional, organizado, tendo em vista a obtenção de um fim ou de um resultado determinado.
Rinolalia - Caracteriza-se por uma ressonância nasal maior ou menor que a do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais, vegetação adenóide, lábio leporino ou fissura palatina.
Ritmo - Habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.
Sincinesia - É a participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários. Ex.: coloca-se um objeto numa mão da criança e pede-se que ela aperte, a outra mão também se fechará ao mesmo tempo. Ficar sobre um só pé, para ela é impossível. Há descontinuidade nos gestos, imprecisão de movimentos nos braços e pernas, os movimentos finos dos dedos não são realizados e, num dado ritmo, não podem ser reproduzidos através de atos coordenados, nem por imitação.
Sintaxe - Parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso , bem como a relação lógica das frases entre si e a correta construção gramatical ; construção gramatical (Dicionário Aurélio)
Sinergia - Atuação coordenada ou harmoniosa de sistemas ou de estruturas neurológicas de comportamento.
Somestésico - Relativo à sensibilidade do corpo.
Bibliografia:
FONSECA, Vitor - Escola. Quem és tu? Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
ASSUNÇÃO, Elisabete da. COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo,SP: Editora Ática, 2002.

ESQUEMAS CORPORAIS



O que é Imagem Corporal?
Imagem corporal é a figuração do próprio corpo formada e estruturada na mente do mesmo indivíduo, ou seja, a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio. É o conjunto de sensações sinestésicas construídas pelos sentidos (audição, visão, tato, paladar), oriundos de experiências vivenciadas pelo individuo, onde o referido cria um referencial do seu corpo, para o seu corpo e para o outro, sobre o objeto elaborado.
O termo Imagem Corporal vem sendo usado freqüentemente de maneira permutável com a terminologia Esquema do Corpo, em estudos neurológicos e psicológicos, onde ocorrem também resistências a determinadas definições e muitas confusões metodológicas e conceituais (PAILLARD, 2001).
O esquema corporal é tido como a "experiência imediata de uma unidade do corpo, (....) percebida, porém é mais do que uma percepção, (...) chamamos de esquema de nosso corpo", ou mesmo, segundo Head apud Schilder (1999), que o denomina como modelo postural do corpo. O aludido é a imagem tridimensional que todo sujeito tem do seu próprio corpo, não abordando sob a ótica de uma mera sensação ou imaginação, mas da apercepção corporal, mesmo que a informação tenha chegado através dos sentido.
A imagem que pode ser visual, motora, auditiva, tátil, entre outras, não pode ser analisada separadamente os itens ou adotar para casa estrutura um padrão único para a avaliação de alteração em todas as estruturas.
Toda mudança reconhecível entra na consciência comparando-se com situações já vivenciadas, realizando assim uma avaliação da nova situação que gera uma mudança na Imagem Corporal.
Há uma distinção desobstruída proposta primeiramente por Head e Holmes (1912) apud Paillard (2001), entre um esquema do corpo considerado como "um padrão combinado de encontro em que todas as mudanças subseqüentes da postura estão sendo medidas (...) antes que a mudança postural incorpore o consciente."; e a imagem do corpo como "uma representação interna na experiência consciente da informação visual, tátil e motor, da origem corporal".
Segundo Cash & Pruzinsky (s/d) a imagem corporal pode ser definida como a visão do nosso corpo que produzimos em nossa mente (SCHILDER, 1935). A imagem corporal é definida como a representação mental do próprio corpo (KRUEGER,1990,p.125).
Como se processa o desenvolvimento da Imagem Corporal?
A Imagem Corporal se desenvolve desde o nascimento até a morte, dentro de uma estrutura complexa e subjetiva, sofrendo modificações que implicam na construção contínua, e reconstrução incessante, resultante do processamento de estímulos.
Durante os anos pré-escolares a criança desenvolve de forma acentuada o seu conceito a respeito da imagem corporal. Com um pensamento e uma linguagem mais abrangente, começa a reconhecer que a aparência das pessoas pode ser mais ou menos desejável e as diferenças de cor ou raça. Ela conhece o significado das palavras "bonito" e "feio" e reflete a opinião que os outros têm a respeito de sua aparência. Aos cinco anos, por exemplo, a criança já compara sua altura com a de seus pares e pode dar-se conta de ser alta ou baixa, especialmente quando as pessoas se referem a ela, chamando-a de "alta ou baixa para a idade". Apesar de seus progressos no desenvolvimento da imagem corporal, o pré-escolar ainda tem uma noção pouco definida a respeito dos limites do seu corpo, além de possuir escassos conhecimentos de sua anatomia interna. Em virtude disto, qualquer experiência invasiva o atemoriza, especialmente quando há solução de continuidade da pele, tais como pequenos cortes ou escoriações. Em seu pensamento, em conseqüência de uma pele rompida pode escapar todo o seu sangue e interiores. Por isto os curativos são tão importantes para segurar tudo dentro, e qualquer arranhão precisa de mercúrio ou esparadrapo, para que a interpretação da imagem corporal da criança seja atendida evitando distúrbios que possam surgir posteriormente (MONTARDO, 2002).
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos, estando o seu corpo ocupando um espaço no ambiente em função do tempo, captando assim imagens, recebendo sons, sentindo cheiros e sabores, dor e calor, movimentando-se. O corpo é o seu centro, o seu referencial, para si mesma, para o espaço que ocupa e na relação com o outro.
A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de nós mesmos, do outro e dos objetos (RAMOS, 2002).
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência sucessiva de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, iriam pouco a pouco se encaixar uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo', estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si mesmo, idem.
A imagem corporal é continua e representativa do esquema postural e acompanha o indivíduo desde o seu nascimento até o ultimo suspiro, sofrendo adaptações e transformações globais de acordo com o momento vivido.
Quanto maior forem os estímulos e as possibilidades de novas experiências do recém nascido durante toda sua trajetória de vida, mais completa será a sua formação do esquema corporal, principalmente sob o ponto de vista psicomotor. As experiências corporais que determinam a imagem corporal corroboram para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta. Sua forma poderá ser lapidada, porém terá seus elementos da construção inicial preservados, apesar das transformações ocorridas ao longo da vida.
O esquema corporal é uma aquisição lenta e paulatina. Desenvolve-se desde antes do nascimento, se incrementa em forma notável desde este até o terceiro ano de vida e, logo, continua em permanente evolução adaptativa pelo resto da existência do individuo. Se estrutura sobre a base dos componentes neurológicos em desenvolvimento e maturação onde se liga fundamentalmente, as percepções exteroceptivas, proprioceptivas e interoceptivas que permitem estabelecer, em um momento inicial a consciência sobre localização espacial total, a capacidade e o funcionamento de uma determinada parte do corpo, a consciência inicial sobre a magnitude do esforço necessário para realizar uma determinada ação, e a consciência sobre a posição do corpo e suas partes no espaço durante esta ação (BARRETO, 2002).
Estas noções que se desenvolvem prioritariamente durante os primeiros meses de vida extra-uterina, mas que se inicia durante a vida intrauterina, como já se abordou, vão ocorrendo cada vez mas fáceis e inconscientes pela repetição continua e eficaz de cada ato em questão, até chegar a automatização da resposta frente ao estímulo específico.
Liga-se sem associações ao estabelecimento dos reflexos em que as percepções sensoriais, sensitivas e proprioceptivas se conjugam para gerar a excitação neuronal que, em nível central ou em nível da medula espinal, desencadeia a motricidade requerida como resposta ao estímulo percebido ou a uma ação gerada conscientemente, Idem.
Ainda que pareça evidente, é necessário aclarar que o esquema corporal se implanta e evolui, especial e especificamente, sobre a maturação do conjunto neuromúsculo-esquelético e que se liga ao processo de ereção que leva o neonato através das etapas de rastejar, engatinhar e primeiros passos, até ao total domínio da marcha e orientação, as quais são suportadas pelo eixo axial que está localizado na coluna vertebral, Idem.
A imagem corporal do bebê amadurece aos poucos na medida em que ele experimenta o toque, a exploração do espaço, a manipulação e contato com objetos. A idéia de separação de seu corpo de outros corpos e objetos se dá gradativamente (LE BOULCH,1987). Krueger (1968) e Piaget (1945) concordam que a percepção da existência do corpo próprio, individual, se dá por volta dos 18 meses, idem. Le Boulch aponta que Lacan, após Wallon enfatizam a grande importância da "fase do espelho", quando a criança vê sua imagem projetada no espelho, olha por trás do mesmo... Até então, a imagem de seu corpo encontra-se incompleta, fragmentada. A imagem do todo acontece quando ela se vê no espelho. Ela passa então da "imagem do corpo fragmentado à compreensão da unidade de seu corpo como um todo organizado" (MATARUNA, 2002; AJURIAGUERRA, 1986, 1987; LE BOULCH, 1987, p.215). Krueger (1990) ressalva a importância da imagem corporal não ser limitada a imagens visuais, mas como fruto da absorção de experiências vividas.
A imagem corporal nunca é estática. Ela muda de ação para ação (FELDENKRAIS,1977; SCHILDER,1999). "De início, quando a imagem está sendo estabelecida, sua taxa de mudança é alta; novas formas de ação que, apenas um dia antes, estavam além da capacidade da criança, são rapidamente conseguidas "(FELDENKRAIS,1977,p.28).
A experiência da "falta" no processo de desenvolvimento da Identidade Corporal
A criança não espera nada do mundo exterior de plenitude e fusionalidade. A perda da plenitude fusional não assegura a separação do Eu e do não-EU, a qual exige uma dissociação perceptiva entre as sensações provocadas pelo exterior e as sensações internas, que se revertem em experiência (LAPIERRE, 1984, p.11).
Os objetos transicionais e os desejos do homem ocorrem para minimizar, ou seja, compensar a falta do se ou de um ser. O desejo de possuir o corpo do outro se transforma em desejo possessivo pelos objetos (idem, p.18).
A falta no corpo, oculta no inconsciente, vai emergir no consciente sob a forma simbólica de uma falta do ter. Mas o ter não pode nunca preencher esta falta e o desejo de posse pelos objetos torna-se incontrolável cumulativo e desabando como uma avalanche.
La Pierre contextualiza a experiência da "falta" no processo de desenvolvimento da Identidade Corporal na necessidade do individuo transferir ou se apoiar, e porque não dizer, consumir o outro. Este se revela desde o nascimento do bebê, quando se corta o cordão umbilical e há a separação do líquido amniótico, até a fase adulta quando ainda há a necessidade de recuperar o trauma ocorrido na quebra da fusionalidade. Para o autor a construção da identidade corporal ocorrerá espelhada no que o outro apresenta, e sobre o desejo do individuo reproduzido pelo outro.
A construção deste modelo corporal surgirá de uma maneira pela qual o sujeito tenta consumir, enquanto objeto, o corpo de um outro individuo para suprir o seu espaço fusional interior.
Na fantasmática fusional da criança, as "cavidades" são aberturas para o mundo misterioso do interior do outro, daí o desejo inconsciente de penetrar nestas cavidades (...), onde a criança com seus dedos , a mão, o olhar, e com todo o corpo explora estes orifícios na busca da interioridade alheia no seu próprio corpo, fato que no futuro vai se investir nas relações sexuais (LAPIERRE, 1984, p.32)
Para o surgimento da identidade corporal, o corpo deve estar reunido com uma imagem global que aparece por volta do oitavo mês de vida, durante o estágio do espelho, que ainda é imperfeita mas que se aprimora com o reforço. As experiências motoras corroboram para o conhecimento das dimensões corporais permitindo atingir com maior facilidade esta totalidade (Idem, p. 23).
Referências Bibliográficas
AJURIAGUERRA J.; MARCELI D. La exploración del niño. Barcelona: Masson, 1987.
AJURIAGUERRA J. Psicopatología del adolescente. Barcelona: Masson, 1986.
BARRETO, J.F. Sistema estomatognático y esquema corporal. Disponível em
http://www.colombiamedica.univalle.edu.co/Vol30No4/estomato.html. Acessado em: 24 de abril de 2002.
FELDENKRAIS, M. Consciência pelo movimento. São Paulo: Summus,1977.
KRUEGER, D.W. Developmental and Psychodynamic Perspectives on Body Image change, 1990LAPIERRE, A. A Falta - Fusionalidade e Identidade. In: Fantasmas Corporais e Prática Psicomotora. São Paulo: Manole, 1984, p. 9-42.
LE BOULCH,J. O desenvolvimento psicomotor - do nascimento até 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas,1987.
MATARUNA, L. A imagem corporal sob a ótica fisiológica: analisando as obras de Paul Schilder. Trabalho Apresentado à Disciplina Imagem Corporal do Programa de Pós-Graduação (Stricto Sensu) em Educação Física da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. São Paulo: UNICAMP-FEF, 2002.
MONTARDO, J.L. Aprendendo a Vida. Disponível em:
http://planeta.terra.com.br/saude/montardo/desenvolvimento/epensamento2.htm. Acessado em 03 de maio de 2002
PAILLARD, J.; FLEURY, M.; LAMARRE, Y. Are body schema and body image functionally distinct ? Evidence from deafferented patients. Resumo publicado nos anais do evento: Bases neurologiques du codage de l'espace et de l'action. Lyon, France, Ecole Normale Supérieure, 22-24 March 2001. Acessado em http://www.lyon151.inserm.fr/symposium534/posters/43paillard .html. Disponível em 14 de maio de 2002.
RAMOS, E. Algumas áreas da psicomotricidade. Disponível em: http://members.tripod.com.br/ramoseducacaofisica/motor.htm. Acessado em 12 de maio de 2002.
SCHILDER, P. A Imagem do Corpo: As Energias Construtivas da Psique. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
SCHILDER, P. F. The Image and the Appearance of the Human Body: Studies in Constructive Energies of the Psyche. London: Trench e Trubner, 1935.

PSICOMOTRICIDADE





Este trabalho teve o objetivo de abordar a história e o desenvolvimento da psicomotricidade, sua definição, conceitos e seu desenvolvimento, e ainda outros aspectos, como: a definição de psicomotricista e suas respectivas áreas de trabalho e intervenção, clientela e mercado de trabalho.
Este estudo poderá de fornecer subsídios para outras de pesquisas sobre o assunto, auxiliando estudantes e pesquisadores da área, e conseqüentemente, em uma possível melhor intervenção e compreensão em suas respectivas áreas.
Considerações A pesquisa seguiu a estratégia de revisão de literatura, análise documental e análise de conteúdo, sendo um estudo histórico e também comparativo. Comparativo, pois, foram verificadas as ausências, semelhanças e diferenças nas definições encontradas.
Quanto ao modelo de estudo, é tipificada como uma pesquisa descritiva, qualitativa, tendo a análise de conteúdo como a sua característica principal e também como procedimento, perfazendo uma revisão de literatura sobre a psicomotricidade. A pesquisa é caracterizada como uma pesquisa indireta, pela utilização de informações, conhecimentos e dados que já foram coletados, através de uma pesquisa documental e bibliográfica, método bibliográfico (MATTOS, 2004).
As fontes foram diversas e tiveram um tratamento qualitativo. Portanto, procurei realizar uma revisão de literatura no intuito de, inicialmente, conhecer o início da história e desenvolvimento da psicomotricidade, perfazendo brevemente sua trajetória em um âmbito geral, encontrando a sua definição por diversos autores utilizados como pressuposto teórico na pesquisa.
Em relação à delimitação do estudo, esta pesquisa foi restrita à revisão de literatura realizada de interesse ao objeto investigado.
Psicomotricidade: histórico e desenvolvimento, conceitos e definições, intervenção profissional e outros aspectos
Quando queremos explicar o desenvolvimento de algo é comum iniciarmos pela gênese do fenômeno. Em todas as culturas isto é um fato corriqueiro e é conhecido academicamente como Cosmogonia. Deste modo, iniciaremos pela história da Psicomotricidade.
Historicamente o termo "psicomotricidade" aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras. Com o desenvolvimento e as descobertas da neurofisiologia, começa a constatar-se que há diferentes disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado ou sem que a lesão esteja claramente localizada. São descobertos distúrbios da atividade gestual, da atividade práxica. Portanto, o "esquema anátomo-clínico" que determinava para cada sintoma sua correspondente lesão focal já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. É, justamente, a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos que se nomeia, pela primeira vez, o termo Psicomotricidade, no ano de 1870. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico (SBP, 2003).
A Psicomotricidade no Brasil foi norteada pela escola francesa. Durante as primeiras décadas do século XX, época da primeira guerra mundial, quando as mulheres adentraram firmemente no trabalho formal enquanto suas crianças ficavam nas creches, a escola francesa também influenciou mundialmente a psiquiatria infantil, a psicologia e a pedagogia. Em 1909, a figura de Dupré, neuropsiquiatra, é de fundamental importância para o âmbito psicomotor, já que é ele quem afirma a independência da debilidade motora, antecedente do sintoma psicomotor, de um possível correlato neurológico. Neste período o tônus axial começava a ser estudado por André Thomas e Saint-Anné Dargassie. Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo, e discursar sobre o tônus e o relaxamento. Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico. Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. É ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico. Ajuriaguerra aproveitou os subsídios de Wallon em relação ao tônus ao estudar o diálogo tônico. A relaxação psicotônica foi abordada por Giselle Soubiran (SBP, 2003) e (ISPE-GAE, 2007).
“No Brasil, Antonio Branco Lefévre buscou junto as obras de Ajuriaguerra e Ozeretski, influenciado por sua formação em Paris, a organização da primeira escala de avaliação neuromotora para crianças brasileiras.
Dra. Helena Antipoff, assistente de Claparéde, em Genebra, no Institut Jean-Jacques Rosseau e auxiliar de Binet e Simon em Paris, da escola experimental "La Maison de Paris", trouxe ao Brasil sua experiência em deficiência mental, baseada na Pedagogia do interesse, derivada do conhecimento do sujeito sobre si mesmo, como via de conquista social... Em 1972, a argentina, Dra. Dalila de Costallat, estagiária do Dr. Ajuriaguerra e da Dra. Soubiran em Paris, é convidada a falar em Brasília às autoridades do Ministério da Educação, sobre seus trabalhos em deficiência mental e inicia contatos e trocas permanentes com a Dra. Antipoff no Brasil” (ISPE-GAE, 2007).
Com estas novas contribuições, a psicomotricidade diferencia-se de outras disciplinas, adquirindo sua própria especificidade e autonomia. Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de relação, enquanto na mesma época, profissionais estrangeiros convidados vinham ao Brasil para a formação de profissionais brasileiros. Em 1977 é fundado GAE, Grupo de Atividades Especializadas, que veio a promover a partir de 1980 vários encontros nacionais e latino-americanos. O 1° Encontro Nacional de Psicomotricidade foi realizado em 1979. O GAE é responsável pela parte clínica e o ISPE, Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação, destinado à formação de profissionais em psicomotricidade, se dedica ao ensino de aplicações da psicomotricidade em áreas de saúde e educação. Em 1982, o ISPE-GAE realiza o vínculo científico-cultural com a Escola Francesa através da exclusiva Delegação Brasileira da OIPR - Organisation Internationale de Psychomotricité et de Relaxation. A SBP - Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, entidade de caráter científico-cultural sem fins lucrativos, foi fundada em 19 de abril de 1980 com o intuito de lutar pela regulamentação da profissão, unir os profissionais da psicomotricidade e contribuir para o progresso da ciência, promovendo congressos, encontros científicos, cursos, entre outros. Começa então, a ser delimitada uma diferença entre postura reeducativa e uma terapêutica, já demonstrando diferenças em intervenções da Psicomotricidade, e que, ao despreocupar-se da técnica instrumentalista e ao ocupar-se do corpo em sua globalidade, vai dando progressivamente, maior importância à relação, à afetividade e ao emocional, acompanhando as tendências do momento por que passava. No entanto, sob o prisma do discurso da SBP, a psicomotricidade não é a soma da psicologia com a motricidade, ela tem valor em si. Para o psicomotricista, o conceito de unidade ultrapassa a ligação entre psico e soma. O indivíduo é visto dentro de uma globalidade, e não num conjunto de suas inclinações (SBP, 2003) e (ISPE-GAE, 2007).
Encontramos várias definições para a Psicomotricidade. Cada autor coloca o seu olhar para defini-la. A ISPE-GAE e a SBP definem respectivamente a Psicomotricidade e o emprego de seu termo como:
“Psicomotricidade é uma neurociência que transforma o pensamento em ato motor harmônico. É a sintonia fina que coordena e organiza as ações gerenciadas pelo cérebro e as manifesta em conhecimento e aprendizado.
Psicomotricidade é a manifestação corporal do invisível de maneira visível.
É uma ciência terapêutica adotada na Europa há mais de 60 anos, principalmente na França, que instituiu o primeiro curso universitário de Psicomotricidade em 1963 (ISPE-GAE, 2007).
a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. (S.B.P.1999)
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização” (SBP, 2003).
Nas palavras de Defontaine: “La Psychomotricité est le désir de faire, du vouloir faire; lê savoir faire et le pouvoir faire” (DEFONTAINE apud OLIVEIRA, 2001, p. 28). “A psicomtricidade é um caminho, é o desejo de fazer, de querer fazer; o saber fazer e o poder fazer” (ibidem, 2001, p. 34). Defontaine declara que só poderemos entender a psicomotricidade através de uma triangulação corpo, espaço e tempo. Defontaine define os dois componentes da palavra; psico significando os elementos do espírito sensitivo, e motricidade traduzindo-se pelo movimento, pela mudança no espaço em função do tempo e em relação a um sistema de referência (ibidem, 2001, p. 35). O Prof. Dr. Júlio de Ajuriaguerra, a Profª. Drª. Dalila M. M. de Costallat e a Profª. Drª. Maria Beatriz da Silva Loureiro, fundadora do GAE e do ISPE, conceituam e definem respectivamente a Psicomotricidade de seguinte modo:
“A Psicomotricidade se conceitua como ciência da Saúde e da Educação, pois indiferente das diversas escolas, psicológicas, condutistas, evolutistas, genéticas, etc. ela visa a representação e a expressão motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo (AJURIAGUERRA apud ISPE-GAE, 2007).
Psicomotricidade é a ciência de síntese, que com a pluralidade de seus enfoques, procura elucidar os problemas, que afetam as interrelações harmônicas, que constituem a unidade do ser humano e sua convivência com os demais (COSTALLAT apud ISPE-GAE, 2007).
A Psicomotricidade é a otimização corporal dos potenciais neuro, psico-cognitivo funcionais, sujeitos as leis de desenvolvimento e maturação, manifestados pela dimensão simbólica corporal própria, original e especial do ser humano” (LOUREIRO apud ISPE-GAE, 2007).
Já Fonseca afirma que se deve tentar evitar uma análise desse tipo para não cair no erro de enxergar dois componentes distintos: o psíquico e o motor, pois ambos são o mesmo (FONSECA apud OLIVEIRA, 2001). A psicomotricidade para Fonseca não é exclusiva de um novo método ou de uma “escola” ou de uma “corrente” de pensamento, nem constitui uma técnica, um processo, mas visa fins educativos pelo emprego do movimento humano (ibidem, 2001).
Para Nicola, uma conceituação atual de psicomotricidade é que esta ciência nova, cujo objeto de estudo é o homem nas suas relações com o corpo em movimento, encontra sua aplicação prática em formas de atuação que configuram uma nova especialidade. A psicomotricidade estuda o homem na sua unidade como pessoa (NICOLA, 2004, p. 5). Nicola ainda fornece outro conceito, pautada na soma do termo Motricidade e do prefixo Psico:
“Motricidade: por definição conceitual é a propriedade que têm certas células nervosas de determinar a contração muscular.
Psico (Gr Psyquê): vem representar a alma, espírito, intelecto.
Psicomotricidade: condição de um estado de coisas corpo / mente. Visão global de um indivíduo, onde a base de atuação está no conhecimento desta fusão.” (ibidem, 2004, p. 5).
No geral, os psicomotricistas não costumam gostar do termo motricidade, pois enxergam a motricidade indissociável da psique humana. O termo motricidade é mais utilizado pela área da educação física no âmbito da perspectiva do treinamento esportivo, ligado à coordenação motora como qualidade física, sendo interpretado de forma diferente da perspectiva da Psicomotricidade. Também há uma área do conhecimento que trata a motricidade como um dos seus objetos teóricos e práticos de estudo: é a da Ciência da Motricidade Humana - CMH, ou Cineantropologia, articulada com um corpo epistemológico próprio e que enfoca a motricidade sob um paradigma diferente do da Psicomotricidade. Mas visto que, quando se aborda a motricidade humana, a psique humana não é deixada de fora, certos embates semânticos não merecem tantas linhas de discussão. È necessário observar os objetos de estudos sob a perspectiva de cada área do conhecimento para uma compreensão isenta de poluição epistemológica ou preconceito científico.
O conceito de Ciência da Motricidade Humana do Programa de Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, é o seguinte:
“Ciência da Motricidade Humana é a área do saber que estuda as múltiplas possibilidades intencionais de interpretação do ser do Homem e de suas condutas e comportamentos motores no âmbito da fenomelalogia existencial transubjetiva e da filosofia dos valores, ou seja, a partir da complexidade cultural de uma vida existencial inserida em um contexto de circunstância e facticidade e de corporeidade de um “ser Humano”, do “ente” (do Ser do Homem), em um permanente estado de necessidades, oriundas de suas carências, privações ou vacuidades de natureza: bio-físicas; bio-psíquicas ou emocionais; bio-morais (bioética) ou humanas; bio-sociais ou históricas; e bio-transcendentes ou cósmicas. Tais possibilidades de interpretação são operacionalizadas de forma multidisciplinar, interdisciplinar, transdisciplinar e através dos mecanismos cognoscitivos da pré-compreensão fenomenológica, da explicação fenomênica e da ordenação axiológica.” (BERESFORD, 2004).
Nesta citação e também em outros trabalhos de autores que compõe o corpo epistemológico da CMH, nos deparamos com diversos conceitos que são encontrados nesta área, como: conduta motora, comportamento motor, corporeidade, comunicação motora, ergomotricidade, ludomotricidade, ludoergomotricidade, entre outros. Para não alongar demais este trabalho e por já estar trabalhando com o conceito de motricidade, foi escolhido somente este para perfazer um pequeno esboço da perspectiva da CMH para a motricidade:
“Motricidade: Processo adaptativo, evolutivo e criativo de um ser práxico, carente dos outros, do mundo e da transcedência. Intencionalidade operante, segundo Maurice Merleau-Ponty. O físico, o biológico e o antropossociológico estão nela, como a dialética numa totalidade. Como ser carente, o homem é um ser práxico e onde, por isso, a motricidade se afirma na intencionalidade electiva. Mas a motricidade humana e, conseqüentemente, cultura, acima do mais – cultura não ancilosada em erudição inerte, mas cultivada porque praticada. A motricidade não se confunde com a motilidade. Esta não excresce a faculdade de execução de movimentos que resultam da contração de músculos lisos ou estriados. A motricidade está antes da motilidade, porque tem a ver com os aspectos psicológico, organizativo, subjetivo do movimento. A motricidade é o virtual e a motilidade, o actual, de todo o movimento. Afinal, a motilidade é expressão da motricidade.” (CUNHA, 1994, p. 156).
Continuando a conceituação por outros autores, de acordo com Neto: “A motricidade é a interação de diversas funções motoras (perceptivomotora, neuromotora, psicomotora, neuropsicomotora, etc.)” (NETO, 2002, p. 12). Na visão de De Meur & Staes “a psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica.” (DE MEUR & STAES, 1991, p. 5).
Segundo uma definição considerada por Jacques Chazaud, citada por Alves, “a psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades, dos gestos, das atitudes e posturas, enquanto sistema expressivo, realizador e representativo do “ser-em-ação” e da “coexistência” com outrem” (CHAZAUD apud ALVES, 2003, p. 15).
Sob o ponto de vista do “ser-em-ação” e também abordando sob um enfoque histórico-antropológico, podemos recorrer aos estudos de Harrow (apud OLIVEIRA, 2001), que faz uma análise sobre o homem primitivo ressaltando como o desafio de sua sobrevivência estava ligado ao desenvolvimento psicomotor e seu caráter utilitário. As atividades básicas consistiam em caça, pesca e colheita de alimentos e, para isto, os objetivos psicomotores eram essenciais para a continuação da existência em grupo. Necessitavam de agilidade, força, velocidade, coordenação. A recreação, os ritos cerimoniais e as danças em exaltação aos deuses, a criação de objetos de arte também eram outras atividades desenvolvidas por eles. Tiveram que estruturar suas experiências de movimentos em formas utilitárias mais precisas. Hoje, o homem também necessita destas habilidades embora tenha se aperfeiçoado mais para uma melhor adaptação ao meio em que vive. Necessita ter um bom domínio corporal, boa percepção auditiva e visual, uma lateralização bem definida, faculdade de simbolização, orientação espaço-temporal, poder de concentração, percepção de forma, tamanho, número, domínio dos diferentes comandos psicomotores como coordenação fina, global, equilíbrio. Harrow cita ainda os sete movimentos ou modelos de movimentos básicos inerentes ao homem que são: correr, saltar, escalar, levantar peso, carregar (sentido de transportar), pendurar e arremessar; todos eles básicos em trabalhos de práticas e vivências psicomotoras atuais.
O Laboratório de Currículos da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro em 1981 define a educação psicomotora como a educação da criança através de seu próprio corpo e de seu movimento. A criança é vista em sua totalidade e nas possibilidades que apresenta em relação ao meio ambiente, isto é, a educação deve ser feita em função da idade e dos interesses das crianças. Desta forma, a passagem de uma fase para outra será gradativa e dentro do tempo próprio de cada criança. O professor deve acompanhar este tempo sem tentar forçar uma antecipação. Por isso, a psicomotricidade tem como ponto de partida o desenvolvimento psicológico da criança, na medida em que acompanha as leis do amadurecimento do sistema nervoso através da mielinização. Uma das suas finalidades é preparar a base para a educação daquelas capacidades indispensáveis à aprendizagem escolar, evitando dificuldades tão comuns à alfabetização (ARAÚJO, 1998).
Observamos que o Laboratório de Currículos da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro toma como ponto de partida para o desenvolvimento da criança o aspecto psicológico e do sistema nervoso, quanto ao aspecto da maturação da mielinização, o quê podemos constatar nos estudos de Fonseca.
Para Lapierre e para Le Boulch apud Oliveira, a educação psicomotora deve ser uma formação de base indispensável a toda criança (OLIVEIRA, 2001). Para Oliveira, o movimento é um suporte que ajuda a criança adquirir o conhecimento do mundo que a rodeia através de seu corpo, de suas percepções e sensações (ibidem, 2001). De acordo com esta autora, a psicomotricidade se propõe a permitir ao homem “sentir-se bem na sua pele”, permitir que se assuma como realidade corporal, possibilitando-lhe a livre expressão de seu ser; pois de acordo com a autora, o indivíduo não é feito de uma só vez, mas se constrói, paulatinamente, através da interação com o meio e de suas próprias realizações e a psicomotricidade desempenha aí um papel fundamental (ibidem, 2001).
Le Boulch aponta correntes distintas na psicomotricidade. Enquanto uma aponta para a educação psicomotora, outra, para a terapia e reeducação psicomotora (LE BOULCH, 1982). Estas correntes já apontam não só para diferentes intervenções, de um modo superficial, sob a perspectiva de mercado e atuação profissional, mas, sobretudo, de diferentes olhares.
Fonseca nos diz que, a psicomotricidade tende atualmente a ser reconceitualizada, não só pela “intrusão” de fatores antropológicos, filogenéticos, ontogenéticos, paralingüísticos, como essencialmente cibernéticos e psiconeurológicos. È na integração transdisciplinar destas áreas do saber que provavelmente se colocará no futuro a evolução e atualização do conceito de psicomotricidade (FONSECA, 1995). Deste modo, Fonseca expõe um fato comum que ocorre em todas as áreas da Ciência, devido à quantidade de informações que devem ser compartilhadas, pelas atuações e trabalhos transdisciplinares, e pelos diferentes novos olhares e abordagens que vêm surgindo a todo instante nas mais diferentes áreas.
Para Lorenzon, em relação à definição da psicomotricidade convém referir que seu estudo é recente, pois ainda no início deste século era tratada excepcionalmente. Pouco a pouco, a psicomotricidade afirma-se em diversas orientações que atualmente tentem agrupar-se (LORENZON, 1995). Neste sentido é natural que instituições norteadoras da área, como a SBP, apontem os conceitos, definições e abrangência de atuação. Neste caso, Psicomotricista, segundo a SBP, é o profissional da área de saúde e educação que pesquisa, ajuda, previne e cuida do Homem na aquisição, no desenvolvimento e nos distúrbios da integração somapsíquica (SBP, 2003).
Suas áreas de atuação segundo a SBP são: “Educação, Clínica (Reeducação, Terapia), Consultoria e Supervisão.” (ibidem, 2003). A intervenção psicomotora também pode ser diversificada. Mas Mello aponta três áreas básicas de atuação psicomotora:
“Nos estudos dos pesquisadores recentes, são apontados três principais campos de atuação ou formas de abordagem da Psicomotricidade: 1. Reeducação Psicomotora; 2. Terapia Psicomotora; e 3. Educação Psicomotora. Embora em certos trabalhos esses três níveis de atuação cheguem a confundir-se, existem características próprias em cada um deles.” (MELLO, 2002, p. 33).
De acordo com Neto, na atualidade, existe um grande número de profissionais de áreas diversas que utilizam a motricidade ou a psicomotricidade em diferentes contextos e em diferentes faixas etárias, como em escolas, clínicas de reabilitação, academias, hospitais e outros (NETO, 2002). Segundo ele:
“profissionais de medicina (pediatria, psiquiatria, neurologia e reabilitação infantil); psicologia (psicologia evolutiva, do esporte e especial); educação física e pedagogia (ensino regular e fundamental); fisioterapia e fonoaudiologia. A análise dessa realidade leva à busca de critérios claros que justifiquem tal situação de heterogeneidade – tanto no âmbito da interpretação de aspectos teóricos fundamentais como nas decisões relativas à sua aplicação.” (ibidem, 2002, p. 12).
Tamanha diversificação profissional, áreas e sub-áreas não muito bem delimitadas, assim como, competências que acabam por invadir determinadas intervenções, podem causar conflitos em áreas de intervenção profissional. A clientela atendida pelo psicomotricista, como veremos, também é diversificada. Segundo a SBP, esta clientela é a seguinte:
“Crianças em fase de desenvolvimento; bebês de alto risco; crianças com dificuldades/atrasos no desenvolvimento global; pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas; pessoas que apresentam distúrbios sensoriais, perceptivos, motores e relacionais em conseqüência de lesões neurológicas; família e a 3ª idade.” (SBP, 2003).
E o mercado de trabalho do psicomotricista, o qual mais uma vez podemos caracterizar amplo e diversificado, segundo a SBP consiste em creches; escolas; escolas especiais; clínicas multidisciplinares; consultórios; clínicas geriátricas; postos de saúde; hospitais; empresas (ibidem, 2003). Como observamos, a atuação do psicomotricista, profissão não regulamentada, cujo alguns entendem estar englobada pela área da Educação Física, quando se trata de atuar no âmbito das atividades físicas, certas vezes pode, portanto, adentrar também no âmbito da reabilitação, área característica da Fisioterapia e em certos casos da Fonoaudiologia e da Medicina e Psicologia.
Resultados e Conclusão
Após descrever uma breve narrativa da história e do desenvolvimento da Psicomotricidade e alguns de seus principais personagens, foi constatada através do discurso de diversos autores e instituições, que não há um conceito e definição única. Existem olhares plurais sobre a Psicomotricidade, o que não quer dizer que tais discursos possam divergir, pelo contrário, tais discursos são pautados em pressupostos comuns da Psicomotricidade. Quanto ao aspecto da intervenção na área da psicomotricidade, foi verificado que há basicamente três áreas de atuação: educação, reeducação e terapia psicomotora. Apesar de já haver a vários anos no Brasil, cursos de graduação e pós-graduação latu senso em psicomotricidade reconhecidos pelo MEC, a Psicomotricidade ainda não é uma profissão regulamentada: “No Brasil, tramitamos com um projeto de legalização da profissão do psicomotricista na Assembléia Nacional desde 1996” (ISPE-GAE, 2007), “A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade... tem como objetivo maior a busca pela legalização do projeto que regulamenta a profissão” (SBP, 2003). E por ser a Psicomotricidade uma profissão não regulamentada, e por vezes, profissionais de diferentes áreas possivelmente adentrarem em intervenções delimitadas a outras profissões, acreditamos que podem ocorrer conflitos de atuação e intervenção profissional em determinadas áreas.
Referências Bibliográficas
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ARAUJO, Adriana Simões. Contribuições da Música no desenvolvimento Psicomotor da criança em idade pré-escolar. Universidade Estácio de Sá, Faculdade de Educação Física. Dezembro / 1998.
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LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Trad. Por Ana Guardiola Brizolara. 7ª edição. Porto alegre: Artes Médicas, 1992.
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MATTOS, Mauro Gomes de; ROSSETO JÚNIOR, José; BLECHER, Shelly. Teoria e prática da metodologia da pesquisa em educação física: construindo seu trabalho acadêmico: monografia, artigo científico e projeto de ação. São Paulo: Phorte, 2004.
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