quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AVALIAÇÃO FORMATIVA








Avaliação Formativa

Por: Joselice Pinto

A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.
Este enfoque tem um princípio fundamental: deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no mesmo processo de ensino-aprendizagem. Somente neste contexto é possível falar em avaliação inicial (avaliar para conhecer melhor o aluno e ensinar melhor) e avaliação final (avaliar ao finalizar um determinado processo didático).

Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.

Quais as características da avaliação?

· A avaliação deve ser contínua e integrada ao fazer diário do professor: o que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas, na qual o aluno é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da prova. A observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na realização de um processo de avaliação contínua.

· A avaliação será global: quando se realiza tendo em vista as várias áreas de capacidades do aluno: cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação etc.e, a situação do aluno nos variados componentes do currículo escolar.

· A avaliação será formativa : se concebida como um meio pedagógico para ajudar o aluno em seu processo educativo.

Finalidades da avaliação

· Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso poderíamos chamar de avaliação inicial.

· Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação à todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.

· Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.

· Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem: ao término de uma determinada unidade, por exemplo, se faz uma análise e reflexão sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados.
Tão somente quando a perspectiva formativa da avaliação for compreendida e assumida por toda a comunidade escolar e contemplada em seu Projeto Político Pedagógico esta poderá tornar-se verdadeiramente significativa para a unidade de ensino; pois; perspectiva avaliativa é projeto coletivo; e só será assumido coletivamente se coletivamente ele for gestado.

Referências bibliográficas

ZABALA, Antoni. A Avaliação. In: ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998


Mestra em Educação Pela UFPE, coordenadora do curso de Pedagoga da Faculdade de Timbaúba, professora de Didática do Ensino Superior e Metodologia Científica da FCAP, professora do curso de Ciências Biológicas da Faculdade Salesiana do Nordeste, consultora pedagógica de ONGs e instituições privadas.

PSICOGENESE DA LÍNGUA ESCRITA





EMÍLIA FERRERO

Psicolinguista Argentina radicada no México

Teoria da Psicolinguística da língua escrita – estudou o desenvolvimento da alfabetização em crianças de diferentes setores sociais;

Foi um marco, mostra que as crianças não chegam às escolas vazias;

Define a compreensão do desenvolvimento das idéias das crianças sobre o processo de escrita como um processo evolutivo;

De acordo com a teoria da psicogênese da escrita, toda escrita passa por quatro fases:

1º pré-silábica – não consegue relacionar as letras com os sons da linguagem escrita;

2º silábica – interpreta a letra à sua maneira atribuindo valor de sílaba (valor sonoro) a cada letra;

3º silábico-alfabético – mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;

4º alfabético – domina, enfim, o valor das letras e sílabas;

A proposta é que os professores, sem qualquer prova inicial de avaliação, criem espaço para que as crianças possam produzir e mostrar o que compreendeu sobre a escrita;

Analisar que representação sobre a escrita o estudante tem para que o professor possa agir;

Constatou modo de representação estáveis, organizados cognitivamente e que se sucede em certa ordem, precedendo a representação alfabética de linguagem, estruturando dessa forma a psicogênese da linguagem escrita.

LETRAMENTO

“O conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua em práticas sociais e necessário para uma participação ativa e competente na cultura escrita.” (SOARES, 2004)

Na sociedade atual é necessário que as pessoas sejam Alfabetizadas e Letradas.

“Uma pessoa pode ser alfabetizada e não ser letrada: saber ler e escrever, mas não cultiva nem exerce práticas de leitura e de escrita, não lê livros, jornais, revistas, ou não é capaz de interpretar um texto lido; tem dificuldade para escrever uma carta, até um telegrama – é alfabetizado, mas não letrado”. Magda Soares, 1999.

O que é letramento?

Aprender a ler e escrever, isto é, tornar-se alfabetizado significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita (escrever) e de decodificar a língua escrita (ler); não basta, porém, adquirir essa tecnologia, é preciso apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das praticas sociais de leitura e escrita, articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral, conforma as situações.

Em outras palavras: não basta a alfabetização, é preciso atingir o letramento, que pode ser assim definido:

Letramento é o estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, MAS exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com as práticas sociais de interação oral (SOARES, 1998).

O conceito de letramento pressupõe a concepção de língua como discurso.

“Um adulto pode ser analfabeto e letrado: não sabe ler nem escrever, mas usa a escrita:

- pede a alguém que escreva para ele, dita uma carta, põe exemplo (interessante que, quando dita, usa as convenções e estrutura lingüística próprias da língua escrita, evidenciando que conhece as peculiaridades da linguagem escrita)

- não sabe escrever, mas conhece as funções da escrita, usa-as, lançando mão de um “instrumento” que é o alfabetizado (que funciona como uma máquina de escrever...);

- pede a alguém que leia para ele a carta que recebeu, ou uma notícia de jornal, ou uma placa na rua, ou a indicação do roteiro de um ônibus;

- não sabe ler, mas conhece as funções da escrita, e usa-a, lançando mão do alfabetizado.

È analfabeto, mas é de certa forma, letrado, ou tem certo nível de letramento.

PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

NÍVEIS OU HIPÓTESES DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA ESCRITA

1. Hipótese pré-silábica

§ Há a intenção de escrever;

§ Os rabiscos evoluem, começam a criar sinais gráficos imitativos de letras convencionais;

§ Adquire um certo repertório de letras. Repete as letras do seu nome para escrever qualquer palavra;

§ Distingue desenho de escrita;

§ A escrita não tem correspondência letra/som;

§ Os nomes de pessoas ou objetos têm relação com o seu tamanho. Ex: formiguinha (poucas letras), boi (muitas letras);

§ A leitura é global. As crianças deslizam o dedo por toda a extensão da palavra ou frase escrita;

§ Por meio de informações externas (mídia, rótulos, TV, cartazes, escrita de adulto) e da escola, ela faz associações e começa a utilizar estes símbolos em sua escrita;

§ Identifica a letra inicial das palavras, depois a final e só depois as intermediárias;

§ Há a hipótese quantitativa: para escrever é preciso de um número mínimo de letras – 3 (três) para que seja legível – e os caracteres devem ser variados.

2. Hipótese silábica

§ A criança tenta dar um valor sonoro a cada letra que compõe a escrita. Cada letra vale por uma sílaba. Nas frases cada letra representa uma palavra;

§ Pela primeira vez a criança trabalha com a hipótese de que a escrita representa parte sonora da fala. Às vezes utiliza vogal, às vezes utiliza consoante ou combina as duas;

§ Presta atenção e observa aquilo que está escrevendo;

§ Os eixos quantitativo e qualitativo desaparecem momentaneamente. Vemos, então, caracteres iguais se repetindo: VACA = AA SAPO = AO

§ Os conflitos entre uma hipótese e outra provocam mudanças que aproximam a escrita da criança ao sistema convencional.

3. Hipótese silábico-alfabético:

§ A criança perde a confiança na hipótese silábica e descobre a necessidade de fazer uma análise que vai além da sílaba;

§ Passa por um período de transição, começando a abandonar os esquemas anteriores, iniciando a criação de novos esquemas;

§ A criança trabalha com duas hipóteses simultaneamente: a sílaba e o alfabeto. É comum dizer que a criança está “comendo letras”, mas, na verdade, ela está acrescentando para ajustar a sua escrita;

§ A criança abandona esta hipótese quando percebe que:

- Não consegue ler sua escrita (esquece, não decodifica);

- Outros não conseguem ler sua escrita (impacto para ela).

4. Hipótese Alfabética:

§ A criança descobre que a sílaba pode ser analisada em elementos menores:

§ Realiza a análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever;

§ Enfrentará problemas ortográficos, pois a identidade dos sons não garante a identidade das letras;

§ As falhas na ortografia, apresentadas pela criança em suas primeiras produções, não são “erros”, mas uma prova de que sua escrita é resultado de explorações e não mera cópia.

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO





Alfabetização

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do acto de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

Letramento

Latin C.png
Latin B.png
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Letramento não é necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003). Surge, então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS), e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não, convive com as práticas de leitura e escrita. Por exemplo, quando um pai lê uma história para seu filho dormir, a criança está em um processo de letramento, está convivendo com as práticas de leitura e escrita. Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo letrado ao que domina apenas a técnica de escrever(ser alfabetizado), mas sim aquele que utiliza a escrita e sabe "responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente"

Leitura

O aprendizado da leitura é um momento importante na educação, que começa na alfabetização e se estende por toda educação básica. Consiste em garantir que o [estudante|aluno] consiga ler e compreender textos, em todo e qualquer nível de complexidade. Depois da fase inicial de alfabetização, faz-se necessária a prática da leitura e da interpretação de textos. Uma vez alfabetizado, é possível o indivíduo ampliar seu nível de leitura e de letramento, de forma a tornar-se um sujeito autônomo e consciente. Por outro lado, a alfabetização por si só não assegura o desenvolvimento do cidadão, como uma panacéia para todo e qualquer mal oriundo da falta do saber.

Aprendizado da leitura na escola

A alfabetização formal se fixa no primeiro e segundo anos do ensino básico. A partir daí considera-se que o aluno já é um leitor e começa-se um período de interpretação de textos que parte deste pressuposto.

Métodos de Alfabetização

Método Fônico (ou sintético)

O lingüista americano Bloomfield, propositor do módulo fônico desse método, defende que a aquisição da linguagem é um processo mecânico, ou seja, a criança será sempre estimulada a repetir os sons que absorve do ambiente. Assim, a linguagem seria a formação do hábito de imitar um modelo sonoro. Os usos e funções da linguagem, neste caso, são descartados por se tratarem de elementos não observáveis pelos métodos utilizados por essa teoria, dando-se importância à forma e não ao significado.

No tocante à aquisição da linguagem escrita, a fônica é o intuito de fazer com que a criança internalize padrões regulares de correspondência entre som e soletração, por meio da leitura de palavras das quais ela, inconscientemente, inferir as correspondências soletração/som.

De acordo com esse pensamento, o significado não entraria na vida da criança antes que ela dominasse a relação, já descrita, entre fonema e grafema. Nesse caso, a escrita serviria apenas para representar graficamente a fala. Assim, a função seria precedida pela forma; os ditames viriam dos autores das cartilhas, como se esses fossem os detentores do significado, sobrepondo-se ao leitor; o texto serviria somente para ser destrinchado, absorvendo aquele significado cristalizado contido nele; e o erro visto com elevada severidade.

Com relação à prática, observa-se que os mestres decidem como e quando as crianças devem aprender; ensina-se de padrões regulares, considerados mais fáceis, passando para os irregulares, considerados mais difíceis; supõe-se que a criança deva dominar o modo correto, levando-se em consideração a variedade lingüística; a criança deve ter pré-requisitos muito bem estabelecidos para ser considerada apta à língua escrita.

Método Global (ou Analítico)

Opunha-se ao método sintético, questionando dois argumentos dessa teoria. Um que diz respeito à maneira como o sentido é deixado de lado e outro que supunha que a criança não reconheceria uma palavra sem antes reconhecer sua unidade mínima.

A principal característica que diferencia o método sintético do analítico é o ponto de partida. Enquanto o primeiro parte do menor componente para o maior, o segundo parte de um dado maior para unidades menores.

Justificando o método analítico, Nicolas Adam, responsável por suas bases, vai utilizar-se de uma metáfora, dizendo que, quando se apresenta um casaco a uma criança, mostra-se ele todo, e não a gola, depois os bolsos, os botões etc. Adam afirma que é dessa forma que uma criança aprende a falar, portanto deve ser da mesma forma que deve aprender a ler e escrever, partindo do todo, decompondo-o, mais tarde, em porções menores. Para ele, era imprescindível ressaltar a importância que a criança tem de ler e não decifrar o que está escrito, isso quer dizer que ela tem a necessidade de encontrar um significado afetivo e efetivo nas palavras.

O método analítico se decompõe em:

  1. Palavração: diz respeito ao estudo de palavras, sem decompô-las, imediatamente, em sílabas; assim, quando as crianças conhecem determinadas palavras, é proposto que componham pequenos textos;
  2. Sentenciação: formam-se as orações de acordo com os interesses dominantes da sala. Depois de exposta uma oração, essa vai ser decomposta em palavras, depois em sílabas;
  3. Conto: a idéia fundamental aqui é fazer com que a criança entenda que ler é descobrir o que está escrito. Da mesma maneira que as modalidades anteriores, pretendia-se decompor pequenas histórias em partes cada vez menores: orações, expressões, palavras e sílabas.

Notas e Referências

Soares, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.

LETRADO. In: MICHAELIS Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 07 mar. 2008.

Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

SENNA, Luiz Antonio Gomes (Org.) Letramento - princípios e processos. Curitiba: IBPEX, 2007.

sábado, 25 de setembro de 2010

USO DO TANGRAM EM SALA DE AULA

Tangram é um jogo muito utilizado pelos professores de matemática para apresentar aos alunos da educação infantil e do ensino fundamental (até o 6º ano) formas geométricas, trabalhar a lógica e a criatividade, retas, seguimentos de retas, pontos e vértices.


Um pouco de história

Quando surgiu, de onde veio, quem inventou, são dúvidas que nunca foram esclarecidas sobre esse jogo. Existem inúmeras ledas sobre a história do Tangram. Dentre elas a mais comentada é que: um monge chinês deu uma tarefa a seu discípulo, pediu que ele fosse percorrer o mundo em busca de ver e relatar todas as belezas do mundo, assim deu para ele um quadrado de porcelana e vários outros objetos, para que pudesse registrar o que encontrasse. Muito descuidado deixou a porcelana cair, essa se dividiu em 7 pedaços em forma de quadrado, paralelogramo e triângulo. Com essas peças ele notou que poderia construir todas as maravilhas do mundo.

Construção

Quando o professor propuser aos seus alunos o trabalho com Tangram é importante que deixe que eles o construam. O Tangram pode ser construído com EVA ou com papel cartaz, então é preciso que o professor peça que os alunos levem para a próxima aula:

Papel cartaz ou EVA.
Régua
Lápis preto
Borracha

Agora, veja passo a passo como funciona a construção do Tangram.

1º passo: Recorte o EVA ou o papel cartaz em forma de um quadrado:



2º Passo: Trace um segmento de reta que vai do vértice b ao vértice h, dividindo o quadrado em dois triângulos iguais.



3º Passo: Para encontrar o ponto médio do segmento de reta BH, pegue o vértice A e dobre até o segmento BH o ponto de encontro do vértice A e do segmento BH será o ponto médio de BH.



Agora trace um segmento de reta que vai do vértice A ao ponto D, formando três triângulos.



4º passo: Dobre o vértice J até o ponto D assim formando dois pontos, um no segmento BJ e outro no segmento HJ.



Agora trace um segmento de reta do ponto E ao ponto I.



5º Passo: Trace uma reta perpendicular do ponto D ao segmento EI.



6º Passo: Trace dois segmentos de reta paralelos ao segmento DG e outro ao lado AH.



Assim, dizemos que um Tangram possui dois triângulos grandes, três triângulos menores, um paralelogramo e um quadrado. Veja essas figuras destacadas:



Recorte todas essas figuras geométricas e terá as sete peças do Tangram.

Por Danielle de Miranda
Graduada em Matemática
Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ALUNOS SIMULAM APRESENTAÇÃO DE TCC























































































ALUNOS SIMULAM APRESENTAÇÃO DE TCC

Foi realizado no último sábado, dia 11 de setembro, nas dependências do Polo de Teixeira de Freitas/BA, um simulado para defesa do Trabalho de Conclusão de Curso para a turma de Pedagogia 2007 da FAEL.

O simulado foi organizado pelo coordenador e tutor da turma, Prof. Geonilton Santos, e teve todo o processo que ocorre na apresentação oficial do trabalho, incluindo sistema de imagem e som, além de um pequeno público formado por alguns acadêmicos de outro período.

Após a realização do simulado, houve uma pequena reunião onde o tutor passou orientações pertinentes para que as acadêmicas tenham êxito nessa etapa do curso.

Parabéns a todas as participantes por enfrentarem o desafio!


DISPONÍVEL EM: http://www.conexaoead.com.br/NotíciasdaRede/




quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PRODUÇÃO ESCRITA: UM PARADIGMA DO LETRAMENTO NO ENSINO


1. INTRODUÇÃO
Pretende-se com este artigo dar ao proflssional da Língua Portuguesa um suporte teórico quanto à prática textual e suas implicações com o letramento. Palavra cunhada há pouco mais de duas décadas para referir-se à intenção do leitor e leitura — texto, sugerindó uma perspectiva nova nos rumos da alfabetização. Entendendo este como processo de decodificação dos signos gráficos. Nos dizeres de Soares (2006:1 8)

“[...] Letramento, é pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um individuo como conseqüência de ter-se apropri do da escrita [...]”

Corroborando com esta mesma proposição, Freire (1982:9) pressupõe que:

“[...j a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a leitura posterior desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquela. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto [...]“.

A escolha desta temática vislumbra dois hemisférios. O primeiro é o de conjectura, levando em consideração que esta é uma abordagem de muita relevância para a inserção ou amplificação do individuo nas práticas sociais; o segundo diz respeito ao aprofúndamento particular da teoria, visando à apropriação deste saber para posterior especialização não só no âmbito acadêmico como também profissional.


Os questionamentos que se levanta diante de uma constatação sobre a baixa desenvoltura do estudante de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II no tocante à produção escrita: Quais são seus reais motivos? Como resolvê-los?

Percebe-se que as razões que levam um estudante à não lograr êxito em sua produção escrita são várias, mas destacaremos apenas a falta da leitura como fator decisivo no surgimento desta mazela social. A ênfase da educação brasileira está na alfabetização, o que faz do estudante apenas um decodificador de símbolos gráficos, impedindo-o de ir às entrelinhas do texto para fazer uma leitura profunda na tentativa de interpretá-lo.

Sabe-se que a leitura é um instrumento imprescindível na construção do saber, não somente para construção de um texto, mas, também, para construção do indivíduo, para a promoção de sua cosmovisão pan que saiba equilibrar os saberes populares e acadêmicos.

A constatação supracitada favorece a construção da mediocridade não somente na vida escolar, mas que afeta todas as demais áreas da vida desse individuo, que em decorrência desta pobreza de não ser ‘letrado’, impingir-se-lhe-á, segundo Freire (1982) um encargo de sofrer por falta de senso crítico, impedido-o de ver o mundo com mais profundidade e de viver sua cidadania de forma plena, a desumanização do ser humano. Certamente é na máxima de Descarte que se baseia o ideário freireano: ‘Cogito, ergo sum ‘(penso, logo existo).

Nestes termos partindo-se do pressuposto de que estudante não conseguirá, ao término desta etapa escolar, expor suas idéias através da fala e/ou da escrita.

Acredita-se que o individuo que escreve com desenvoltura, expondo suas idéias com coerência e unidade textual, terá percorrido outros saberes anteriores a este, tais como aquisição de um espírito crítico, competências para filtrar e equilibrar o cientifico e o popular; e, por fim, o saber que o faz entender aquilo que se lê.

Apresentar-se-á a existência de um caminho possível e viável. Trata-se do percurso da reinvenção do professor enquanto agente facilitador de saberes no tocante à reformulação de seus mecanismos didáticos, que não terá significado algum se não palmilharem pelo caminho do prático, do criativo e da construção mútua da cognição; nesta perspectiva será abordada pela vertente do Letramento enquanto instrumento imprescindível para produção de um texto, criando no estudante o fascínio pelo mundo da leitura com vistas à produção de uma cosmovisão.

Nota-se que há uma crise de plausibilidade no sistema educacional brasileiro, nisto, há uma crescente produção de indivíduos aliàbetizados apenas. É nesse contexto que este trabalho pretende ser relevante — estabelecer pontes entre o aluno de ensino de base e o Letramento propiciado por uma visão que associa o saber ao cotidiano do indivíduo.

Por isso faz-se necessário disfinguir os termos de alfabetização e letramento com segue-se:

2. ALFABETIZAÇÃO

Lingüisticamente, ler e escrever é aprender a codificar e decodificar o código alfabético. Dizendo de forma mais clara: alfabetização é a apropriação do código escrito, pois para aprender a ler e escrever o aluno precisa relacionar sons com letras, para codificar ou para decodificar, essa é a especificidade da alfabetização. Concretamente, na sala de aula, alfabetizar significa que o agente veiculador do conhecimento, didaticamente, ensinar o aluno a ler e escrever se apropriando das competencias da compreensão dos sinais.

Ninguem aprende a ler e escrever se aprender relações entre fonemas e grafemas, para codificar e decodificar. Envolve, também, aprender a segurar num lápis, aprender que se escreve de cima para baixo e da esquerda para direita; enfim envolve uma série de aspéctos técnicos […] Isso é a parte específica do processo de aprender a ler e a escrever.(S0ARES, 2003,p.15 e 17).

3. LETRAMENTO

Letramento ou cultura letrada, conforme conceituamos no inicio, ratifi-camos pelo olhar de Soares como sendo a condição de quem não apenas sabe ler e esprever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam escrita (SOARES, 1998, p.47). Alfabetizar, na perspectiva do letramento, ou alfabetizar-letrando é instrumen-talizar os alunos com o código alfàbético para que estejam aptos ao seu uso. Ensinar o código escrito na cultura centra no letramento significa alfabetizar no “lugar certo”, ou seja, através dos práticas sociais, culturais, de leitura, oralidade e escrita.

Segundo Soares, o que mais propriamente se denomina letramento é a imersão do indivíduo na cultura escrita, participação em experiencias variadas com a leitura e a escrita, ponhecimento e interação com diferentes tipos de gêneros de material escrito (SOARES, 2003, p.l3). Para Leda Verdiani Tfouni, enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade (TFOUNI, 2004, p. 20). Outros autores, como Emília Ferreira, por exemplo, não usa os dois termos. Para ela, os conceitos de alfabetização e letramento significam a mesma coisa, ou seja, um conceito está inserido no outro.

No entanto, é importante explicitar a indissociabilidade dos dois proce-ssos: alfabetizar, com base no letramento, respeitando a especificidade do ensino e aprendizagem da língua escrita sem dissociá-la do processo de letramento e a espe-cificidade do ensino e aprendizagem do letramento sem dissociá-lo da alfabetização.

O processo de letramento ou cultura letrada não acontece de modo espontâneo, exige mediação çla professora e/ou da família proporcionqno aos alunos, de forma constante e significativa, a interação com as práticas sociais de leitura e escrita, isto é, com a cultura escrita em especial a literatura Infantil.

Enfim, o aluno aprende a ler lendo, a escrever escrevendo num ambiente alfabetizador “vivo” que permita ler o mundo com sentido, função, sentimento, criação, tendo uma professora que ensina de verdade, compreende a indisso-ciabilidade e a especificidade da alfabetização e do letramento e conduz o processo com atividades didáticas que promovem dc fato a aprendizagem.

Uma vez identificadas as partes, faz-se necessário relacioná-las à produção escrita no Ensino Fundamental.

4. PRODUÇÃO ESCRITA E LETRAMENTO

Pelo exposto, é perceptível que o alunado do Ensino Fundamental II é alfbetizado, entretanto, não tem o domínio adequado da escrita justamente pela carência da prática da leitura, cuja finalidade é absorver o mundo ou ressignificá-lo, dando-lhe participação ativa nas práticas sociais, O letramento favorece o estudante no sentido de mergulhar nas entranhas do texto e assim fazer relações entre o texto lido e o mundo presente.

Pouco se sabe no domínio da escrita nos limites ginasiais, porque pouco se sabe exercício efetivo de leitura. Por isso, percebe-se que o alunado sofre por falta de idéias pela simples constatação de que ele não adquiriu um nível de leitura que lhe permita tal desenvoltura no processo de pensar e transmitir suas idéias no papel, na escrita propriamente dita. A capacidade de articular as palavras sob forma de expressar suas reflexões de forma coesa e coerente é instrumentalizada pela capacidade de leitura não meramente decodificada de signos, mas provida do sen-tido de associação à realidade contextual.

CONCLUSÃO

Portanto, é importante entender que letramento e escrita são fenômenos indissociáveis e que acontecem concomitantemente, e mais, que o labor da docência criativa deve ser o de criar condições reais de leitura e escrita e uma política de estímulo, com vistas à inclusão nas práticas que favoreçam a apropriação do letramento sob a justificativa de que ele favorecerá o individuo no sentido elevar seu nível de consciência crítica frente ao mundo em que vive, dando-lhe possibilidade de participação na vida política, atributo inerente a todo cidadão livre; e no bom desempenho na produção escrita, usufrindo com segurança dos gêneros textuais, dando-lhe inserção nas práticas sociais simples e complexas das esferas em que freqüenta.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Mariluce de Souza; Rameh, Letícia. Aprimorando com Paulo Freire em alfabetização e letramento. Coleção Paulo Rosa, vol. VI. Recife : Ed. Bagaço, 2006.

FREIRE, Paulo (1921-1997). Conscientização: Teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. V cd. São Paulo : Ed. Centauro, 2006.

______________- A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. (Coleção Polemicas do Nosso Tempo, Vol. IV) 2V cd. São Paulo : Autores Asso-ciados : Ed. Cortez, 1989.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2’ ed, 11ª reimp. — Belo Horizonte : Autêntica, 2006.